VIE 27 DE DICIEMBRE DE 2024 - 16:36hs.
Eduardo Paiva, líder do Consórcio

“Lototins começará a operação no Tocantins em cerca de dois ou três meses e buscará novos estados”

A Lototins garantiu a operação das loterias no Tocantins por 20 anos e para falar da conquista, o líder do Consórcio, Eduardo Paiva, concedeu entrevista exclusiva ao GMB durante o SBC Rio. “Ao consolidar todas as modalidades em um só lote, o estado quebrou um paradigma e terá um operador forte para competir com grandes players globais”, avalia. Ele analisa outros projetos locais e buscará novas oportunidades, tanto físicas quanto online, com grandes expectativas para 2024.


Games Magazine Brasil – Qual o escopo do projeto que vocês acabam de conquistar para operar modalidades lotéricas no Tocantins?
Eduardo Paiva –
Acabamos de conquistar a operação das loterias no Tocantins por 20 anos através do Consórcio Lototins. O estado fez uma boa escolha ao agrupar todas as modalidades lotéricas em um lote único. Neste novo cenário pós-decisão do STF, nenhum estado havia concedido seu serviço público para apenas um operador. Isso é uma quebra de paradigmas. Muitas pessoas se mostravam contra, achando que não funcionaria bem. Mas do ponto de vista do estado, com esse conceito das bet nacionais, traz uma concorrência importante para ele, que terá muito mais força para competir com os grandes players internacionais. Comercialmente o estado terá um operador mais forte e com musculatura suficiente para prosperar no mercado. Ficamos muito felizes de ter essa oportunidade de ajudar o estado a reverter recursos para o social.

Acredito que nos próximos dois ou três meses, se todos os trâmites administrativos e a homologação caminharem de forma correta, iniciaremos a operação, levando tecnologia e muito know how e torcendo pelo melhor para a população tocantinense.

Quais serão os produtos a serem oferecidos pela Lototins?
Vamos oferecer uma grande gama de produtos. Todas as modalidades estão contempladas e a Vibra Gaming, uma ótima parceira nossa na Embralote, da qual sou o CEO e com operação na Paraíba desde metade do ano passado, tem muitas novidades e inovações. E aproveito para trazer um spoiler. Neste dia 13, o Maranhão deverá lançar sua loteria em São Luís. Estaremos com o governador do estado prestigiando a solenidade e tocando esse projeto, que nasceu há três anos, mas passou por percalços. Agora, finalmente sairá o primeiro bilhete. 2024 será um ano de grandes realizações. Tudo o que vínhamos preparando está acontecendo e esta mais nova conquista, no Tocantins, nos deixa muito felizes.

 



Quais são os próximos estados onde vocês estão centrando as atenções?
O Brasil é grande. São 27 estados e estamos analisando criteriosamente todas as oportunidades. Em alguns, não concordamos muito com a modelagem ou que a taxa está um pouco alta para canalizar. Para viabilizar uma loteria, é importante dar condições para o operador, inclusive financeiras. Ele não pode ser sobretaxado nem se criar taxas de meios de pagamento ou outras. Com essas ações, acaba penalizando o operador, que é sócio do estado. Ele é o detentor da operação e precisa dar condições para que as operações sejam economicamente viáveis.

Estamos analisando todas as propostas de uma forma geral que tenham uma condição atrativa e espero que ainda em 2024 saiam novas jurisdições. O Brasil é uma nova fronteira não só em nível nacional, mas também em âmbito estadual. Cada estado é do tamanho de um país europeu e tem sua própria realidade. Não há receita de bolo e nem todos devem atuar da mesma forma. Cada um deve analisar questões culturais e operacionais de acordo com suas peculiaridades.

Pensando na questão cultural e do gosto regional, vocês irão operar as modalidades tanto online quanto produtos físicos em todas as operações?
Com certeza. Em todos os estados que permitirem isso. Em nível estadual há uma vantagem competitiva em relação às apostas de quota fixa, pois muitos estados estão tributando de forma mais atrativa do que a União. Enquanto a União está tributando 12%, os estados estão taxando em 5% ou 6%. Ou seja, o operador tem mais margem para oferecer cotações maiores para o apostador, que escolherá aquela que melhor lhe convier, seja online ou físico. Os estados também poderão explorar jogos virtuais online, então eles terão a possibilidade de oferecer essa vertical inclusive no meio físico.

A União deixou claro que os jogos online, em sua regulamentação, terão de ser apenas online. Os estados têm a discricionaridade para escolher a tributação que melhor lhe convier, assim como se a exploração será física ou online. A União apontou regras, como a questão da territorialidade, bem como não criar modalidades novas. Mas é um serviço público e o estado opera como quiser dentro da lei. Há muitas vantagens nos estados e é nisso em que acreditamos.

Fonte: Exclusivo GMB