Games Magazine Brazil - Natalia, quais são os principais objetivos da associação?
Natalia Nogues – Antes de tudo, obrigada por essa oportunidade e feliz dia a todas nós. A AMIG tem como objetivo principal trazer mais mulheres à liderança, fomentar cada vez mais sua presença nesse setor, trazer oportunidades e espaço. Que elas possam se capacitar melhor, levar o seu conhecimento a outras mulheres. Dividir essas experiências e poder criar momentos de debates, com assuntos muito relevantes para o nosso mercado. Queremps estar num pé de igualdade em relação aos homens, pois sabemos que essa indústria é muito masculina. Queremos realmente trazê-las para ter mais voz ativa nesse setor.
Bárbara, vemos muita presença feminina no setor de iGaming, especialmente na área jurídica. Você, uma advogada renomada, acha que deveria estar mais presente?
Bárbara Teles - Sabemos que o GMB está sempre conosco, dando espaço e voz para as mulheres. São essas as oportunidades que nós precisamos e merecemos. Existe muita gente capacitada, muitas mulheres empoderadas e qualificadas no ramo que precisam ter voz. Trazer esse senso de comunhão também, pois estamos todas juntas. E sabemos que existem muitos homens que apoiam.
Da mesma forma que fui muito bem recepcionada no setor, sei que muitas serão. E são essas oportunidades que a gente vê, não só como advogada. Sei que com a AMIG teremos muitas mulheres qualificadas em todas as categorias. E vamos poder indicá-las, não só para falar numa conferência. E é isso, é aparecer, é dar luz para a mulher no palco. Sabemos que tem muita mulher ali no back office que quer aprender, e isso é algo que gostaríamos de fomentar.
No Ministério da Fazenda (hoje Secretaria de Prêmios de Apostas) tem três mulheres liderando o processo e outras contribuindo com todo esse movimento. Isso indica que a mulher está cada dia mais presente no Gaming?
Natalia Nogues – Certamente, estamos muito felizes com as nomeações do Ministério. Estamos apoiando muito isso. Queremos que cada vez haja representantes empoderadas fazendo parte desse processo. Já temos muitas trabalhando nos bastidores também. Hoje notamos, principalmente no café da manhã que fizemos, muitas mulheres empoderadas, liderando. Elas também estão presentes, também estão querendo criar essa comunhão, essa comunidade entre nós para poder fazer juntas um trabalho muito melhor para a indústria. Eu acredito que a gente tem muito para fazer. Realmente é um projeto com muitas estratégias, temos diversos planos. Uns para esse ano e outros para os próximos.
Como as mulheres conseguem se associar à AMIG e como as empresas podem apoiar esse projeto?
Bárbara Teles – Nós já temos projetos muito bem definidos e muito bem direcionados. Gostaríamos de fazer não só uma rede de networking, mas algo formalizado. Temos planos de ir a eventos, fazê-los, organizar conferências, fazer webinars e as empresas são muito bem-vindas para apoiar. O site da AMIG tem um formulário que através do QR Code é possível se associar e também receber apoio das empresas. A partir daí faremos uma espécie de filtro e analisaremos as propostas para dar um retorno rápido e assim conseguir mais associados, além de empresas apoiando os futuros projetos.
Como foi a aceitação da AMIG por parte da indústria?
Natalia Nogues – Nos surpreendeu muito. Tivemos até retorno de muitas pessoas que falaram desde outras associações. Recebemos um feedback muito legal. Hoje no café da manhã de lançamento havia muitas empresas, e homens apoiando essa iniciativa. Havia diversas mulheres interessadas em entrar na associação, conversar entre elas, criar essa questão de networking.
Já pensamos nos projetos, o que vamos debater, quais são os workshops, muita gente interessada. Nós ficamos realmente deslumbradas de como a AMIG foi aceita tão rapidamente. Eu acredito que isso vai trazer muito mais benefícios para nós como um todo dentro da nossa indústria, só temos a ganhar.
Quais são os próximos passos em termos de captação de associadas, e associados também, por que não?
Bárbara Teles - Somos todos parceiros. Não queremos construir uma indústria só feminina, queremos uma indústria igualitária, equilibrada. Já que somos 51% de mulheres no Brasil, por que não ter essa representatividade também em empresas, em eventos, em tudo? Os homens são nossos parceiros e já temos o apoio de muitos deles, inclusive o seu. Portanto, agora temos que receber esses formulários, esses pedidos de inscrição e dar vazão para começar os projetos, colocar a mão na massa na AMIG.
A AMIG tem recebido consultas de entidades da América Latina. Quer dizer que esse “barulho inicial” já está atraindo o interesse também de mulheres da LatAm?
Natalia Nogues - Sim, tivemos pessoas das outras associações internacionais, hoje teve também a presença de algumas mulheres da associação da América Latina de jogos que querem fazer uma parceria. A AMIG não é só pensada e voltada para o Brasil. Nós queremos realmente que elas venham exterior para a AMIG e trabalhem conosco. Queremos levar cada vez mais a palavra de todas e que se reúnam para fazer acontecer nesse mercado.
Para as mulheres intessadas em participar e fazer parte, qual é o endereço mesmo?
Bárbara Teles – AMIG.bet
Natália Nogues - Nossas redes sociais também estão no site, mas é só procurar por AMIG.bet em todas as redes, nós estamos lá também e vamos passar divulgando todos os projetos a partir de agora. Esse é só o pontapé inicial.
Fonte: Exclusivo GMB