
Games Magazine Brasil - Quais foram as principais novidades que a Bragg trouxe para esta edição do SBC?
Matej Nemec - Como sempre, estamos muito focados em quatro verticais. Trabalhamos com nossa plataforma PAM, que é bem desenvolvida e preparada para mercados regulados, como o Brasil. Também atuamos com agregação e estamos cada vez mais fortes nesse produto no Brasil, já atendendo cerca de 30% do mercado e acreditamos que podemos chegar a 50%.
Além disso, temos nossos próprios jogos, desenvolvidos internamente por estúdios como Atomic Slot Lab e Indigo Magic, além de parcerias exclusivas com terceiros, como a Gamomat e outros fornecedores dos Estados Unidos.
Por fim, estamos trazendo um produto muito interessante chamado FUZE, uma plataforma para ferramentas de marketing que ajuda a reter jogadores e tornar a experiência mais divertida. Com ela, operadores podem oferecer giros grátis, torneios, missões e outras estratégias para engajamento.
Como a Bragg se adaptou às novas regras do Brasil como um mercado regulado?
Não foi fácil, mas trabalhamos muito duro no ano passado para estarmos prontos desde o primeiro dia da regulamentação. Nosso time de compliance fez um excelente trabalho, e já estamos atendendo a maior parte do mercado brasileiro.
A Bragg, sendo uma empresa pública, sempre foca em mercados regulados e estamos preparados para atuar em qualquer novo mercado que venha a se regulamentar. Atualmente, operamos em cerca de 30 mercados globais, incluindo os mais importantes do mundo, e o Brasil, claro, faz parte desse cenário.
Agora que a Bragg busca expandir sua atuação no Brasil, quais são os diferenciais dela para competir no mercado?
Temos dois grandes diferenciais. Primeiro, nossa agregação de conteúdo, que ajudou muitos operadores a estarem prontos desde o primeiro dia da regulamentação. Existem entre 30 e 40 fornecedores de cassino no mercado, e integrar todos eles, com toda a documentação necessária, é um desafio enorme. Nós facilitamos esse processo para os operadores.
Além disso, nossa plataforma PAM já está sendo utilizada por quase 60 operadores, e muitos estão migrando para soluções mais avançadas. O mercado brasileiro tem concorrência internacional muito forte, e acreditamos que, ao fornecer tecnologia de ponta e soluções que realmente atendam às necessidades dos operadores, poderemos ampliar nossas parcerias.
Como a Bragg lida com temas sensíveis como proteção do usuário, publicidade e jogo responsável?
Essa é uma ótima pergunta. Como uma empresa pública, sempre tivemos um compromisso forte com a proteção dos jogadores. Oferecemos ferramentas automatizadas que permitem que os operadores apliquem políticas de jogo responsável de forma eficiente, sem a necessidade de monitoramento manual em tempo integral.
Nosso sistema de jogo responsável já vem integrado à nossa plataforma principal e não depende da agregação. Acreditamos que somos uma das empresas que mais oferecem recursos avançados nessa área.
Quais são os maiores desafios e oportunidades que você vê no mercado brasileiro?
O mercado está se estruturando agora. Antes da regulamentação, qualquer empresa podia operar aqui. Agora, temos uma nova realidade com muitas regras, e os operadores e fornecedores que conseguirem se adaptar mais rapidamente terão vantagens competitivas.
Ainda estamos apenas no segundo mês da operação regulada no Brasil, e alguns pontos ainda precisam ser esclarecidos, como pagamentos, impostos e withholding tax. No entanto, a Bragg está trabalhando intensamente para garantir que tudo esteja alinhado e dentro das exigências regulatórias.
Como você vê o futuro do iGaming e das apostas esportivas no Brasil?
Toda a indústria esperou muito tempo por esse momento, e estamos felizes que ele finalmente chegou. Esperamos que, até 2025, não haja mudanças drásticas na regulamentação e que os impostos permaneçam em um nível sustentável para os operadores.
Em mercados altamente regulados na Europa, às vezes há um excesso de restrições que empurram os jogadores para o mercado ilegal. É essencial que os jogadores brasileiros permaneçam em plataformas licenciadas, onde há pagamento de impostos e medidas de proteção ao usuário.
Como foi sua experiência na SBC Summit Rio?
Sim, o evento foi ótimo! O local é muito bonito e espaçoso, e vejo um grande potencial para essa feira crescer ainda mais nos próximos anos. O formato do evento foi bem organizado, sem grandes filas, e acredito que os participantes gostaram bastante.
Fonte: Exclusivo GMB