Games Magazine Brasil - A GLI vem se preparando durante anos para atuar no mercado regulado brasileiro e foi o primeiro laboratório a ser habilitado pelo Ministério da Fazenda. Como vocês chegaram a esse momento em que estamos prestes a abrir o mercado regulado?
Valter Delfraro Jr. – Como você bem falou, a GLI vem se preparando para esse momento há mais de 17 anos. Não é a primeira vez que eu vou falar isso, mas nossa vice-presidente para a América Latina, Caribe e Espanha, Karen Sierra, sempre frequentou o Brasil e levou o conhecimento dela e da GLI para o Brasil. Ou seja, temos nos dedicado ao mercado brasileiro há muito tempo.
Eles me contrataram há três anos, quando o mercado ainda estava começando a se aquecer, justamente pensando nesse processo de ter uma pessoa local que falasse o idioma e que entendesse da cultura para, nesse momento, estar prontos para atender a todos os nossos clientes, entender suas necessidades, apoiá-los, tirar suas dúvidas e conseguir fazer com que todo o processo seja feito da forma mais simples e leve possível.
Tudo isso foi feito por parte da GLI? Os operadores que estão tentando suas licenças no Brasil e o próprio governo entenderam a proposta da GLI de certificar produtos, plataformas e jogos?
Na verdade, nós é que temos de entender o governo, porque ele é quem determina aquilo que vamos fazer. Esse é um dos nossos grandes diferenciais. Procuramos entender muito bem o que eles estão pedindo e estar alinhados com aquilo que é necessário e solicitado, para poder esclarecer as dúvidas e fazer com que o processo do provedor de jogo, de plataforma e do operador seja o mais fácil possível.
As certificações e os requerimentos brasileiros vieram muito alinhados com os padrões da GLI, o que ajuda bastante. Principalmente para aqueles que já estão certificados em outros mercados, isso vai fazer com que eles alcancem a certificação de uma forma mais rápida, mais fácil. E também aqueles que estão começando vão ter um ganho muito grande, porque certificando no Brasil estarão muito próximos de outras jurisdições e será mais fácil entrar em novos mercados.
Uma questão que a indústria coloca é com relação aos prazos. Os laboratórios vão conseguir atender as exigências do governo e as necessidades dos operadores ou dos desenvolvedores de jogos e plataformas no timing correto para começar em primeiro de janeiro?
Bem, eu posso falar pela GLI. Nós temos 24 laboratórios no mundo e a nossa forma de trabalhar é justamente verificar o primeiro laboratório que tem mão de obra para poder fazer. Estamos muito confortáveis e confiantes de que vamos atender todos os nossos parceiros no prazo necessário. Obviamente, isso não depende só da gente, mas também de quem está passando pelo processo de certificação.
O que que eu quero dizer com isso? Por exemplo, normalmente a gente diz que a certificação de uma plataforma leva de 6 a 8 semanas, mas depende do tempo de resposta do cliente para aquilo que foi apontado como um requerimento não compliance. Se ele demora três semanas para responder, já se foi metade do prazo. Para aqueles que são responsivos e rápidos em responder, eu acredito que não vai ter nenhum problema.
Ou seja, o timing está muito mais do outro lado do campo?
Dos dois. Do nosso, de fazer e reportar aquilo que não está compliance, mas deles também em serem rápidos e nos responder.
Você espera que esses clientes que têm trabalhado com a GLI e procurado suas soluções vão conseguir cumprir esses prazos e entregar para a GLI aquilo que o governo está exigindo deles?
No que depender da gente, eu tenho certeza que sim. Estamos aqui para poder orientá-los, tirar todas as dúvidas que possam ter, que dificultem, de repente, o entendimento. Então, eu posso dizer que, no que depender da gente, vamos conseguir.
Fonte: Exclusivo GMB
