Games Magazine Brasil – Você chegou recentemente à Eightroom/Vpag. Quais são os seus planos diante desse novo desafio profissional?
Bernardo Fraga - Eu venho do mercado financeiro. Então, para mim, o iGaming é uma novidade. Eu comecei com essa migração no início do ano, justamente para trazer o conhecimento do setor financeiro, que sabemos ser muito regulado e competitivo no Brasil. Meu principal papel dentro do grupo é garantir que a gente faça as coisas certas, gerando valor para os nossos clientes com nossos produtos, tudo conforme as normas do Bacen e agora também do Conar.
Quais são os planos para colocar tudo isso em prática? Como isso vai ser desenvolvido?
Um dos nossos principais papéis foi criar uma estrutura que consiga acompanhar todas as campanhas dos afiliados. A gente se responsabiliza por qualquer campanha dos nossos parceiros. Criamos um ecossistema financeiro para nossos usuários e operadores que traz muitos benefícios, que garantem a recorrência. A gente tem um grupo de trabalho para acompanhar toda a parte de ludopatia, principalmente mirando garantir a perenidade do jogo responsável. Então, a gente cuida dos nossos usuários dos nossos operadores e, principalmente, nos importamos muito com a imagem que transmitimos para o mercado.
Assumir esse compromisso de cuidar e validar as ações dos afiliados é algo muito arriscado. Vocês fizeram isso com pé no chão?
Estamos fazendo isso com o pé no chão, claro. Temos de garantir que os nossos processos internos estão afinados nosso time é muito competente para fazer isso. Antes de uma campanha dos nossos afiliados ir para o ar, tem de passar por um processo de validação do nosso compliance. Só assim é aprovado. Com isso, garantimos segurança aos nossos operadores e afiliados.
Isso é um compromisso sério e que traz ainda mais credibilidade ao mercado?
Com certeza. Essa é uma preocupação conforme o cenário brasileiro que temos de nos importar não só com os operadores, mas com os usuários. E a gente quer transformar a indústria de iGaming no Brasil em uma indústria séria, que gere retorno, arrecadação e milhares de empregos. E um dos modos para fazer isso é seguir as regras.
Falamos de sistemas e procedimentos. E quanto a novos produtos?
Hoje eu posso dar uma palhinha. Infelizmente ainda não consigo entrar muito no detalhe, mas um dos nossos principais produtos é a Wallet, uma carteira digital para o usuário e para operador. Agora, a Vpag conseguiu, por meio da Pay, ter a licença do Banco Central para seguir as normas. Isso oferece uma retenção de valor, diversos benefícios pro usuário, garante que todo o registro de transações entre operador e usuário sejam feitas da maneira correta.
Ou seja, de acordo com a portaria de transações de pagamento?
Corretamente. Seguimos todos os procedimentos e reportes necessários. A gente tem muito esse cuidado. É claro que a gente ainda temos um pouco de aprendizado e coisas a melhorar, mas fazemos tudo dentro das normas, sempre visando valor para nossos clientes e para os nossos usuários.
O que esperar do mercado regulado a partir de primeiro de janeiro de 2025?
Tem dado muito trabalho, mas a Secretaria de Prêmio e Aposta junto com o Bacen fizeram um trabalho muito bom de estabelecer as portarias e as normas para operar. Em conversa com alguns clientes, vemos que eles estão incertos, mas acho que a partir de janeiro vão ver o quão sério é o mercado brasileiro e vão decidir trazer o investimento para o Brasil. Isso é o que buscamos. Queremos atrair investimento, ter uma qualificação de mercado e gerar retorno e arrecadação. Estamos prontos para isso e vamos continuar operando a cada passo.
Fonte: Exclusivo GMB