VIE 27 DE SEPTIEMBRE DE 2024 - 14:15hs.
Lisboa

SBC Summit contou com forte presença de brasileiros em painéis sobre a nova regulação do mercado

O SBC Summit 2024, um dos maiores encontros do segmento de plataformas de aposta e cassino de todo o mundo, encerrou na noite de quinta-feira (26) no Lisboa, reunindo mais de 25.000 profissionais, 600 expositores e 450 palestrantes. A nova regulação do mercado brasileiro foi a grande atração do evento em painéis lotados com presença forte de executivos locais e internacionais, que deram su opinião e experiência sobre o que vem por aí.

Com a evolução das regulamentações no Brasil, o SBC Summit aproveitou o momento perfeito para reunir um grupo de especialistas do setor que realmente entendem o cenário. O CEO da Oddsagte, Tiago Almeida, ofereceu insights valiosos sobre como o marco legal de Portugal pode inspirar um progresso significativo no Brasil.

Ele enfatizou a necessidade crítica de educar um público que viveu sob proibição por anos, destacando a importância de encontrar o equilíbrio certo entre diversão e jogo responsável por meio da exposição e compreensão adequadas.

 



Tiago compartilhou o painel com André Gelfi, Presidente do Instituto Brasileiro de Jogo Responsável e Managing Partner do Betsson Group no Brasil; Thomas Carvalhaes, especialista em iGaming; e Ricardo Feijo, Diretor de Compliance e assuntos legais da Paybrokers. Filipe Alves Rodriguez, advogado e fundador do IGE - Instituto de Gestão Esportiva, foi o moderador da mesa-redonda “Navegando a Gestão Empresarial no Brasil: Realidades Antes e Depois da Regulamentação”.

No evento, estiveram presentes centenas de bets de todo o planeta e de países que já possuem a regulamentação em curso, como Reino Unido, que é visto como uma referência nesta questão, Espanha e Itália, com mercados regulados há mais de 10 anos, e alguns da América Latina e que também são considerados exemplos, como Estados Unidos, Colômbia e Argentina.

João Fraga (CEO da Paag) e Bruno Barroso (CEO da Bet Pass) discutiram o próximo mercado de jogos regulamentados no Brasil, que apresenta desafios únicos na aquisição, integração e retenção de jogadores. Os operadores de apostas devem navegar pelas complexidades legais, culturais e tecnológicas locais para atrair novos usuários, garantir uma integração eficiente e oferecer uma experiência envolvente que mantenha os jogadores a longo prazo.

 



No painel “Desafios na Aquisição, Integração e Retenção de Jogadores no Próximo Mercado Regulamentado Brasileiro”, eles abordaram estratégias e produtos eficazes para superar essas barreiras, maximizar o crescimento da base de usuários, reduzir custos e garantir a sustentabilidade da presença no mercado.

O painel “Os desafios regulatórios do jogo online em Portugal, Brasil e Espanha” contou com a presencia de ex funcionários do Ministério da Fazenda do Brasil como José Francisco Manssur (sócio do escritório CSMV Advogados) e Simone Vicentini (Advogada associada CSMV Advogados e Vice-Presidente da Comissão de Direito dos Jogos, Apostas e do Jogo Responsável da OAB/SP).

Manssur trocou experiências com portugueses sobre qualidades e obstáculos da regulação no Brasil, Portugal e Espanha. "O SBC é um evento mundial que reúne a indústria em palestras e exposições. Pela primeira vez o Brasil figura como uma indústria regulada e, como já aconteceu em eventos anteriores, como protagonista diante do tamanho do seu mercado consumidor", afirma ele, que atuou como assessor especial da Secretaria Executiva do Ministério da Fazenda, em 2023, sendo um dos principais responsáveis por estar à frente da elaboração das regras para o setor de apostas por quota fixa no Brasil.

Honrado em falar no SBC Summit 2024, em Lisboa, Portugal, na qualidade de especialista brasileiro, para discutir as regulamentações de apostas e as oportunidades comerciais para a indústria de iGaming no Brasil,” expressou o advogado Udo Seckelmann (Head of Department of Gambling & Crypto, Bichara & Motta) após sua palestra “Global Markets Lounge: Brasil.”

 

 



Após o Congresso Brasileiro finalmente regulamentar as apostas esportivas, uma série de operadores internacionais se apressou a entrar no maior mercado da América do Sul. Como foram os primeiros seis meses para esses potenciais agentes transformadores? O painel “Boom no Brasil: reportando-se sobre o antigo gigante adormecido da América do Sul” discutiu sucessos, falhas e estratégias futuras para conquistar um território obcecado por futebol, com considerações culturais únicas, contando com Livia Troise (CEO da Betmais), Alexandre Fonseca (CEO da Superbet Brasil), Andreas Bardun (CEO do KTO Group), entre outros, e moderado por Witoldo Hendrich Jr (Sócio Fundador, Hendrich Advogados).

Para Ricardo Bianco Rosada, fundador da consultoria brmkt.co, e especialista no mercado de gambling, indústria, varejo e serviços, e com passagens como CMO em bets como Betboo, Bodog e galera.bet, o Brasil já é visto pelos outros países como uma potência do setor.

"Talvez seja o maior evento dedicado ao setor de gaming atualmente. A presença é crucial para profissionais do mercado brasileiro de apostas, pois está em fase de regulamentação, e isso permite conexão com líderes globais, insights valiosos e networking, acelerando a adaptação ao cenário regulatório e competitivo brasileiro. Ele oferece uma imersão completa em áreas como apostas esportivas, iGaming e pagamentos, risco, além de focar em inovação, colaboração e tendências", aponta.

Marcos Sabiá, CEO do galera.bet, que vem na vanguarda do processo regulatório no país, e de forma mais intensa desde o início de 2023, quando as conversas em torno do tema tiveram início neste governo. O galera.bet é uma empresa do grupo Playtech, considerada líder de mercado nas indústrias de jogos. Em comum, as duas empresas possuem entre suas principais diretrizes a missão no jogo responsável, a criação de um ambiente seguro para seus jogadores e o apoio ao esporte.

"Vivemos um cenário complexo no Brasil de longo lapso temporal desde a legalização ocorrida em 2018 e a regulamentação do setor somente agora. Apesar dos efeitos negativos, esse atraso deu ao Brasil a oportunidade de verificar as diversas regulamentações ao redor do mundo e com as lições aprendidas, ter uma regulamentação a partir de janeiro de 2025 que colocará o Brasil na vanguarda deste mercado, fazendo jus ao tamanho e relevância do mercado de apostas do país, que também mostra sua força através dos impostos que serão gerados, geração de novos empregos, com mão-de-obra qualificada e tecnologia para outras nações. Neste evento é possível enxergar o quanto os executivos de indústrias olham a regulamentação no Brasil como um divisor de águas para o setor", analisa Sabiá.

 



Outro executivo brasileiro presente no evento foi Ricardo Magri, especialista em desenvolvimento de negócios iGaming e diretor executivo (CEO) da EBAC, Empresa Brasileira de Apoio ao Compulsivo, fundada em julho de 2022 por um time de quatro especialistas com competências e habilidades no campo da psicologia, comunicação, gestão organizacional e compliance na indústria do jogo, com surge objetivo de oferecer o programa COMPULSAFE, um selo que apresenta soluções para o processo da regulamentação junto às casas de aposta.

"Apesar de acontecer na Europa, é um evento universal, e foi gratificante ver tantas empresas brasileiras conquistando prêmios globais, que comprova a relevância do mercado brasileiro. Foram três dias de muitas reuniões e de uma recepção muito positiva do tema, na iminência da regulamentação no país, e com uma consciência muito importante para o Jogo Responsável. Fomos procurados por vários players internacionais com a intenção de fazer parceria com a EBAC, reconhecendo nela um player relevante neste tipo de atividade no Brasil", pontua Magri, que esteve presente pela EBAC via Brasilian Lounge.

Fonte: GMB