O advogado Arthur Carvalho se posicionou a favor da legalização dos jogos de azar no Brasil em uma artigo publicado pelo Jornal do Commercio. Segundo o autor, a proibição dos jogos é uma amostra do moralismo hipócrita do país.
No texto ele diz que embora deva ser entendida retrospectivamente, a vida deve ser vivida prospectivamente. A existência humana apenas tem sentido quando tomada no todo. O homem vem ao mundo para sorver vinhos finos e uma boa cachacinha com caju. Devemos jogar, transar, dançar, curtir música, cinema e teatro, porque não sabemos o que tem do outro lado.
Ele também conta uma história curiosa sobre um fato que levou aos fechamento dos cassinos no Brasil na década de 1940.
"Em 1946, Dona Santinha, esposa do Presidente Eurico Dutra, queixou-se ao marido que o filho do casal estava perdendo muito dinheirona roleta e pediu a Dutra para proibir a jogatina no país. E, mesmo com o desemprego e suicídios de alguns funcionários dos cassinos cariocas, o pedido foi aceito pelo presidente e os cassinos foram fechados”.
Ele também fez referência ao antigo Cassino da Urca que teve seu auge entre 1940 e 1945 e encerra o texto com um forte pedido.
"Que retorne o jogo de azar. Não ao moralismo hipócrita”.
Arthur Carvalho é um importante advogado pernambucano com extenso currículo. Também é jornalista e escritor e teve seu primeiro livro publicado em 1997 e atualmente é membro da Academia de Letras Jurídicas.
Fonte: GMB/Jornal do Commercio
