VIE 29 DE NOVIEMBRE DE 2024 - 01:49hs.
Angela Costa, presidente da Associação Comercial do Rio de Janeiro

“A ACRJ apoia toda e qualquer iniciativa que estimule a economia privada como os jogos de azar”

Em entrevista com Luiz Carlos Prestes Filho, sobre a regulamentação de jogos de apostas em dinheiro administrados pela iniciativa privada no Brasil, a presidente da Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ), Angela Costa, lembrou que o monopólio facilita sempre a ausência de transparência e a má fiscalização. ‘Os empresários de jogos submetidos à livre concorrência vão sempre buscar a superação, a eficiência e a transparência”, assegura a líder de uma das mais representativas entidades empresarias do Brasil.

Costa concedeu uma entrevista ao jornalista Luiz Carlos Prestes Filho para sua série de artigos que publica diariamente no site Tribuna da Imprensa Livre sobre a legalização dos jogos no Brasil.

Como líder de uma das mais representativas entidades empresarias do Brasil ela afirmou que: “Não tenho a menor dúvida de que com as atividades regulamentadas surgirá uma imensa cadeia produtiva que vai, abrir espaço para empresas e empreendedores. O Rio de Janeiro será especialmente beneficiado, em razão de sua vocação de prestador de serviços de turismo e entretenimento.”

Qual a visão institucional da ACRJ em relação aos encaminhamentos no Congresso Nacional e no STF que podem regulamentar os jogos no Brasil?
A ACRJ apoia toda e qualquer iniciativa que estimule a economia privada. A riqueza é construída pela acumulação de capital dos particulares. Assim sempre aconteceu no mundo todo.

A regulamentação abriria oportunidades para as médias, pequenas e micro empresas reunidas na ACRJ?
Não tenho a menor dúvida. Em torno das empresas a serem regulamentadas será criada uma imensa cadeia produtiva, abrindo espaço para empresas e empreendedores. O Rio de Janeiro será especialmente beneficiado em razão de sua vocação de prestador de serviços de turismo e entretenimento.

Temos como favorecer as empresas brasileiras com a regulamentação dos jogos?
A legalização se justifica por isso. Precisamos impulsionar nossas empresas nas áreas de arquitetura e indústria gráfica, hospedagem e restaurantes, entretenimento e inovação tecnológica, entre outras. O que eu vejo hoje é que toda essa indústria de jogo está baseada sobretudo na tecnologia.

Será que não chegou a hora para promover um grande congresso empresarial e institucional sobre a regulamentação de jogos no Brasil?
A ACRJ é um grande espaço para as discussões que digam respeito ao interesse de empresários e de negócios. Estamos inteiramente à disposição das empresas e da classe política para contribuir com o debate regulatório.

Quais grupos ou comissões da ACRJ estariam preparados para organizar um debate sobre jogos?
Possuímos conselhos empresariais que tem sido muito atuantes. Todos os temas sensíveis para a nossa economia têm recebido a contribuição institucional da ACRJ. Sobretudo esse tema merece nossa atenção porque vai abrir uma grande oportunidade de negócios que até agora vem sendo negligenciados pela ausência de regras.

A cidade do Rio de Janeiro é o berço do mais famoso cassino do país – o Cassino da Urca. Será que temos condições de resgatar aquele passado?
O Rio de Janeiro, apesar de todos os problemas, nunca perdeu seu charme. Estou certa de que a volta dos cassinos vai contribuir para a nossa retomada econômica e cultural.

Existe possibilidade de gestão empresarial transparente e fiscalização competente pelos órgão de governo?
Eu acredito muito na capacidade do empreendedor privado de trabalhar num ambiente de liberdade econômica e concorrencial. O monopólio facilita sempre a ausência de transparência e a má fiscalização. Os empresários de jogos de apostas em dinheiro, submetidos à livre concorrência vão sempre buscar a superação, a eficiência e a transparência.
 

Fonte: Luiz Carlos Prestes Filho – Diretor Executivo do jornal Tribuna da Imprensa Livre