JUE 28 DE NOVIEMBRE DE 2024 - 14:31hs.
Substitutivo ao PLS 2648/19

Senador Angelo Coronel toca projeto que libera os jogos de azar no Brasil em abril

O senador baiano Angelo Coronel (PSD-BA), relator do projeto do colega piauiense Ciro Nogueira (PP), que legaliza os jogos de azar (ou de sorte) no Brasil, do jogo do bicho aos cassinos, diz que agora em abril libera o relatório com substitutivo ao PLS 2648/19 para apreciação do plenário, totalmente favorável. Na coluna Tempo Presente do A Tarde Online do jornalista Levi Vasconcelos, Coronel afirmou que confia na aprovação agora.

De acordo com o senador baiano, a legalização e posterior regulamentação de todas as modalidades de jogos de azar tem potencial de injetar até R$ 50 bilhões na economia, além de gerar 700 mil empregos diretos. “Só três países do mundo – Brasil, Arábia Saudita e Indonésia proíbem os jogos. É um absurdo. O Brasil perde bilhões, dinheiro que o governo poderia usar para combater a pobreza”, comenta Coronel.

No Senado, o legislador apresentará o relatório com substitutivo ao PLS 2648/19. A proposta de Roberto Rocha (PSDB-MA) legaliza cassinos em resorts, mas o relator defende a legalização de todas as modalidades.

Na legislatura passada, o projeto já circulou, mas caiu no Senado graças ao senador capixaba Magno Malta, o bolsonarista que perdeu a reeleição. Coronel confia na aprovação agora. Só para lembrar, jogos já são legalizados no Brasil, como as loterias da Caixa. Mas só o governo pode.

“Os jogos já fazem parte da vida de grande parte dos brasileiros e defendo que todos os jogos sejam legalizados. O momento é de união para salvar vidas e agilizar a vacinação, mas precisamos pensar também no pós-pandemia e vencer a hipocrisia para contribuir com a retomada da economia e gerar emprego e renda!”, conclui Coronel.

Angelo Coronel defende que é chegada a hora de bancadas religiosas e não religiosas se unirem para que a matéria passe no Congresso, uma vez que o jogo do bicho, por exemplo, "é um programa cultural" do brasileiro. "Hoje é um costume. Jogam de evangélicos a padres, de médicos a advogados, de policiais a políticos. Uma grande parte faz uma fezinha no jogo do bicho, só que faz clandestinamente. Está na hora de a gente legalizar", diz.

O senador afirma, ainda, que o projeto prevê campanhas de conscientização para pessoas com vício em jogos e que atuais bicheiros teriam de se inscrever em editais para regulamentar sua situação. O texto, defende Angelo Coronel, também daria aos ministérios da Economia e do Desenvolvimento Regional, ou a uma agência regulatória, a atribuição de fiscalizar e regular os cassinos, assim como a Caixa cuida hoje das loterias federais. "Joga quem quer, ninguém é obrigado a jogar", defende o senador.

Fonte: GMB