De acordo com o senador baiano, a legalização e posterior regulamentação de todas as modalidades de jogos de azar tem potencial de injetar até R$ 50 bilhões na economia, além de gerar 700 mil empregos diretos. “Só três países do mundo – Brasil, Arábia Saudita e Indonésia proíbem os jogos. É um absurdo. O Brasil perde bilhões, dinheiro que o governo poderia usar para combater a pobreza”, comenta Coronel.
No Senado, o legislador apresentará o relatório com substitutivo ao PLS 2648/19. A proposta de Roberto Rocha (PSDB-MA) legaliza cassinos em resorts, mas o relator defende a legalização de todas as modalidades.
Na legislatura passada, o projeto já circulou, mas caiu no Senado graças ao senador capixaba Magno Malta, o bolsonarista que perdeu a reeleição. Coronel confia na aprovação agora. Só para lembrar, jogos já são legalizados no Brasil, como as loterias da Caixa. Mas só o governo pode.
“Os jogos já fazem parte da vida de grande parte dos brasileiros e defendo que todos os jogos sejam legalizados. O momento é de união para salvar vidas e agilizar a vacinação, mas precisamos pensar também no pós-pandemia e vencer a hipocrisia para contribuir com a retomada da economia e gerar emprego e renda!”, conclui Coronel.
Angelo Coronel defende que é chegada a hora de bancadas religiosas e não religiosas se unirem para que a matéria passe no Congresso, uma vez que o jogo do bicho, por exemplo, "é um programa cultural" do brasileiro. "Hoje é um costume. Jogam de evangélicos a padres, de médicos a advogados, de policiais a políticos. Uma grande parte faz uma fezinha no jogo do bicho, só que faz clandestinamente. Está na hora de a gente legalizar", diz.
O senador afirma, ainda, que o projeto prevê campanhas de conscientização para pessoas com vício em jogos e que atuais bicheiros teriam de se inscrever em editais para regulamentar sua situação. O texto, defende Angelo Coronel, também daria aos ministérios da Economia e do Desenvolvimento Regional, ou a uma agência regulatória, a atribuição de fiscalizar e regular os cassinos, assim como a Caixa cuida hoje das loterias federais. "Joga quem quer, ninguém é obrigado a jogar", defende o senador.
Fonte: GMB