JUE 28 DE NOVIEMBRE DE 2024 - 16:48hs.
Dima Reiderman, COO da BtoBet

“Regular o mercado brasileiro, sem considerar todas as verticais, pode ter um efeito negativo”

Em seu recente 'iGaming NEXT: Insights', Pierre Lindh conversou com o COO da BtoBet, Dima Reiderman, sobre o mercado brasileiro de jogos com potencial de se tornar o maior da América Latina, mas destacando que “é importante que o país siga o que foi feito na Colômbia no que diz respeito ao quadro de regularidade.” Além disso, Reiderman diz que “a regulamentação esperada, sem considerar todas as verticais de jogos, realmente pode ter o efeito oposto ao desejado”.

Pierre Lindh, da iGaming NEXT, convidou Dima Reiderman, COO da BtoBet, para seu último podcast para falar sobre a análise de mercados emergentes. Um deles, claro, foi o Brasil. “Se colocarmos tudo em proporção, acho que há um consenso de que o mercado número um a se olhar na América Latina é o Brasil”, disse Lindh.

Ao mencionar o que se poderia esperar assim que o mercado fosse regulado, ele comentou: “Se tivermos algo a tirar a partir de algumas lições aprendidas com o mercado colombiano, é que vemos que há um crescimento muito significativo que podemos esperar após a introdução do quadro regulamentar. Todos nós vimos o crescimento de dois dígitos no mercado colombiano nos primeiros anos após a introdução da regulamentação.”

Mas ele também alertou sobre as más consequências que podem gerar não regulamentar de forma correta. “Vale ressaltar que na Colômbia eles perceberam que o processo regulatório é uma espécie de usuário, a menos que o mercado branco tenha a mesma oferta de conteúdo que o mercado negro offshore”, disse Lindh.

E espero que se tome o mesmo rumo no Brasil, porque é muito importante. Caso contrário, assim que o regulamento entrar em vigor, você efetivamente verá o cinza se transformar em preto, se é que você me entende. Você realmente não quer pressionar os jogadores dessa forma, e até vemos isso na Europa hoje. Então, tenho certeza de que vai acontecer na América Latina se errarem”, completou.

Outra questão importante para Lindh é que o país se decida por uma regulamentação ampla de todo o setor. “A esperada regulação do mercado no Brasil, sem regulação de todas as suas verticais, realmente pode ter o efeito contrário. Isso é algo que os tomadores de decisão devem considerar”, alertou.

Mas quanto ao tamanho e potencial do setor no país, ele não tem dúvidas: “Quando você olha para o mercado em si, depende de qual análise você faz, mas mesmo os pessimistas o estimam acima dos US$ 2 bilhões e alguns até o triplo. Portanto, sabemos que é grande e pode ser enorme.”

Com certeza é um mercado em crescimento com uma longa tradição de paixão pelo esporte, orgulho pela seleção brasileira de futebol, tem-se os esportes locais como o vôlei de praia e o futebol de areia. Há muita paixão pelo esporte no país”, explicou Lindh.

Quanto ao futuro, prevê que o desenvolvimento do mercado também esteja relacionado com o crescimento econômico da região e do próprio país, algo de que o setor do jogo invariavelmente beneficiará. “Como aconteceu na Colômbia, depois da regulamentação o mercado realmente vai crescer, e você deve somar a isso o crescimento econômico esperado da região como um todo e do Brasil como país, com aumento do gasto individual pelos consumidores. E quando isso acontece, um dos primeiros setores a se beneficiar dessa situação é a indústria do entretenimento, e temos a sorte de trabalhar em um dos seus segmentos!” Lindh concluiu.

Fonte: GMB