Pierre Lindh, da iGaming NEXT, convidou Dima Reiderman, COO da BtoBet, para seu último podcast para falar sobre a análise de mercados emergentes. Um deles, claro, foi o Brasil. “Se colocarmos tudo em proporção, acho que há um consenso de que o mercado número um a se olhar na América Latina é o Brasil”, disse Lindh.
Ao mencionar o que se poderia esperar assim que o mercado fosse regulado, ele comentou: “Se tivermos algo a tirar a partir de algumas lições aprendidas com o mercado colombiano, é que vemos que há um crescimento muito significativo que podemos esperar após a introdução do quadro regulamentar. Todos nós vimos o crescimento de dois dígitos no mercado colombiano nos primeiros anos após a introdução da regulamentação.”
Mas ele também alertou sobre as más consequências que podem gerar não regulamentar de forma correta. “Vale ressaltar que na Colômbia eles perceberam que o processo regulatório é uma espécie de usuário, a menos que o mercado branco tenha a mesma oferta de conteúdo que o mercado negro offshore”, disse Lindh.
“E espero que se tome o mesmo rumo no Brasil, porque é muito importante. Caso contrário, assim que o regulamento entrar em vigor, você efetivamente verá o cinza se transformar em preto, se é que você me entende. Você realmente não quer pressionar os jogadores dessa forma, e até vemos isso na Europa hoje. Então, tenho certeza de que vai acontecer na América Latina se errarem”, completou.
Outra questão importante para Lindh é que o país se decida por uma regulamentação ampla de todo o setor. “A esperada regulação do mercado no Brasil, sem regulação de todas as suas verticais, realmente pode ter o efeito contrário. Isso é algo que os tomadores de decisão devem considerar”, alertou.
Mas quanto ao tamanho e potencial do setor no país, ele não tem dúvidas: “Quando você olha para o mercado em si, depende de qual análise você faz, mas mesmo os pessimistas o estimam acima dos US$ 2 bilhões e alguns até o triplo. Portanto, sabemos que é grande e pode ser enorme.”
“Com certeza é um mercado em crescimento com uma longa tradição de paixão pelo esporte, orgulho pela seleção brasileira de futebol, tem-se os esportes locais como o vôlei de praia e o futebol de areia. Há muita paixão pelo esporte no país”, explicou Lindh.
Quanto ao futuro, prevê que o desenvolvimento do mercado também esteja relacionado com o crescimento econômico da região e do próprio país, algo de que o setor do jogo invariavelmente beneficiará. “Como aconteceu na Colômbia, depois da regulamentação o mercado realmente vai crescer, e você deve somar a isso o crescimento econômico esperado da região como um todo e do Brasil como país, com aumento do gasto individual pelos consumidores. E quando isso acontece, um dos primeiros setores a se beneficiar dessa situação é a indústria do entretenimento, e temos a sorte de trabalhar em um dos seus segmentos!” Lindh concluiu.
Fonte: GMB