Hoje, os jogos online – com mercado bilionário e em ascensão no Brasil – são controlados em sua maioria por sites de apostas hospedados em provedores no exterior , nas mãos de investidores estrangeiros.
O Governo já aprovou lei para este tipo de negócio no Brasil, mas falta regulamentar o setor, e há uma fila de brasileiros à espera para concorrer com os gigantes estrangeiros que atuam aqui.
O lobby por cassinos em resorts estava forte no Congresso Nacional até a morte de Sheldon Adelson, o magnata do setor nos Estados Unidos e Ásia.
Ele chegou a visitar parlamentares no Brasil, ano passado. A sua morte recente fez com que o tema voltasse a ser debatido a volta também dos bingos – um setor que estava esquecido na abordagem congressual.
Na última sexta-feira (10), o presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), criou um grupo de trabalho com o objetivo de debater um Marco Regulatório dos Jogos no Brasil, que toma como base o projeto de lei PL-442/91, que tramita há 30 anos na Casa.
O grupo, coordenado pelo deputado Bacelar (Pode-BA), presidente da Comissão de Turismo da Câmara, e que tem como relator o deputado pernambucano Felipe Carreras (PSB-PE), vai decidir qual modelo o Brasil pode ter, caso projetos avancem no Congresso.
O prazo para conclusão dos trabalhos no texto que regulamenta os jogos de azar é de 90 dias. Os outros deputados que integram o grupo são Augusto Coutinho (SDD-PE), Marx Beltrão (PSD-AL), Leur Lomanto Junior (DEM-BA), Herculano Passos (MDB-SP), Otávio Leite (PSDB-RJ), Bibo Nunes (PSL-RS), Newton Cardoso Jr (MDB-MG) e Vermelho (PSD-PR).
Fonte: Leandro Mazzini / Istoé