"A minha posição é clara. Pelo que eu vi, pela quantidade de votos e urgência, eles podem derrubar um possível veto. Eu pretendo vetar a questão de jogos no Brasil. Não acho que estamos maduros ainda para tratar, avançar nessa questão aí. Agora, tem muita gente que defende, e aí democracia. Se eu vetar e o parlamento derrubar o veto, vamos cumprir a lei", disse Bolsonaro.
O projeto que regulamenta os jogos está tramitando na Câmara dos Deputados desde 1991. O presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), aliado de Bolsonaro, tem defendido a proposta e pretende analisar o projeto.
Em setembro, Bolsonaro já havia declarado, em entrevista à revista Veja, que seria “natural” vetar o projeto, mas reconheceu à época a possibilidade de o Congresso futuramente derrubar o veto. Lideranças evangélicas argumentam que um veto de Bolsonaro, em caso de aprovação do projeto, daria mais tempo para que a bancada religiosa no Congresso se articulasse contra o tema.
O relator do projeto, deputado federal Felipe Carreras (PSB-PE), afirma que “a legalização dos jogos no país contribuirá para a arrecadação de mais de R$ 65 bilhões por ano, e para a geração de mais de 650 mil empregos diretos”.
"Todo mundo sabe que tem cassino, que tem bingo, existe caça-níquel, apostas virtuais, que são debitados no cartão de crédito, debitados e pagos no exterior... jogo do bicho", declarou Lira, na final do ano passado.
"Mas tem que continuar na clandestinidade para continuar sem gerar empregos formais no Brasil? Sem pagar, mais ou menos, R$ 20 bilhões a R$ 25 bilhões de impostos para o povo brasileiro? Este debate se fará aqui", acrescentou o presidente da Câmara.
Fonte: GMB