“Os jogos existem no Brasil, sob os olhos de todos, e não pagam um real sequer de imposto. Patrocinam da seleção brasileira ao time mais humilde, tem 800 mil máquinas de bingo funcionando no país”, comentou o presidente da Câmara.
O PL prevê a legalização de bingos, cassinos, caça-níqueis, corridas de cavalo e até do jogo do bicho. Sua tramitação passeia pelos corredores desde 1991. Em dezembro foi aprovado o requerimento de urgência, com 293 votos favoráveis.
“Não estamos inventando o que não existe, a ideia é regulamentar para que deixe recursos no Brasil e gere empregos”, agregou Lira.
Os argumentos do presidente da Câmara e do relator são de viés econômico. “Todos sabemos que isso existe, mas precisa continuar na clandestinidade, sem gerar empregos formais no Brasil? Sem pagar mais de 20 bilhões de reais em impostos ao povo brasileiro?”, defendeu Lira.
O relator da PL, deputado Felipe Carreras, disse que os jogos de azar são monopólio do governo e que em 18 países do G20 os jogos são legalizados. Aponta também que boa parte dos times de futebol no Brasil já são patrocinados por sites de apostas estrangeiros. E milhares de empregos seriam criados.
O lobby pela legalização dos jogos dura décadas e encontrou em Arthur Lira um defensor ideal. Chefia a casa, sabe negociar e falar a língua do Legislativo. Mas não é afeito a desgastes desnecessários. O projeto só vai ao plenário se Lira tiver assegurada sua aprovação.
Fonte: GMB