Mais de 20 representantes das 39 cidades da RMVale estiveram presentes no encontro, que foi
transmitido ao vivo pelo canal oficial do Portal Meon no YouTube.
Na abertura, a diretora-executiva do Grupo Meon de Comunicação, Regina Laranjeira Baumann, juntamente com o prefeito de São José dos Campos, Felicio Ramuth (PSD), deram as boas-vindas aos presentes e o pontapé inicial do debate.
Realizado no salão de eventos do hotel Golden Tulip, dentro do Shopping Colinas, na região oeste de São José, o seminário foi dividido em quatro temas e a discussão estendeu-se por mais de quatro horas, das 9h às 13h30.
Painel 1: aprovação dos jogos e cassinos no Brasil
O primeiro tema a ser debatido no Diálogos & Estratégias: Turismo de 2022 se refere ao projeto de lei que prevê a legalização de jogos e cassinos no Brasil, em tramitação em Brasília. Bruno Omori, presidente da IDT-Cema (Instituto de Desenvolvimento, Turismo, Cultura, Esporte e Meio Ambiente) mediou o diálogo, assim como nos outros painéis.
”10% do PIB mundial é gerado pelo turismo. No Brasil, em 2018, 3,8% do PIB nacional foi advindo do turismo. Temos um campo enorme para ser explorado. A liberação dos cassinos, dos bingos, dos jogos, seja lá como for viável, irá agregar muitos investimentos ao país”, destacou Paulo Kenzo Uemura, diretor do Parque Magic City e diretor da Adibra (Associação das Empresas de Parques de Diversão do Brasil).
O PL 442/1991 foi aprovado pela Câmara dos Deputados e tem a maioria necessária dos senadores para a aprovação na casa alta legislativa. O presidente Jair Bolsonaro (PL) já indicou que poderá vetar o PL, ainda assim, os deputados terão poder de derrubar o veto.
“Sabemos que é uma questão delicada, também. O presidente Bolsonaro disse que irá vetar o projeto, mas entende que o veto pode ser derrubado pelo Congresso. Cada uma das bancadas foi liberada para votar de acordo com seu entendimento. Muitos parlamentares entenderam a legislação”, afirmou Bruno Omori.
Além dos dois, participaram do painel Latif Abrão Junior, diretor do Terras Altos Resort e presidente do conselho ADVB (Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil), Rodrigo Tavano, vice-presidente da ABIH-SP (Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Estado de São Paulo), e Gene Chayevsky, CEO da KLW Capital Games, diretamente dos Estados Unidos.
Painel 2: sinergia entre turismo, eventos esportivos e apostas esportivas
O segundo painel contou com a participação de Ronald Lopes, ex-atleta de decatlo e diretor do projeto Juntos pelo Esporte, Nelson Romanini, diretor da empresa de apostas esportivas Betsul, Luciane Leite, secretária de Turismo de Ilhabela, e Mauzler Pautinete, secretário executivo da Asemesp (Associação de Secretários Municipais de Esporte do Estado de São Paulo).
Foram discutidos potenciais eventos turísticos envolvendo o mercado das apostas esportivas, que viriam na esteira do assunto anterior, com a possível liberação dos jogos e cassinos no território nacional.
Mauzler, executivo da Asemesp aproveitou para falar sobre as mudanças estatutárias nas leis em relação à legalidade dos jogos e, até mesmo, na introdução do bingo, ainda no governo Collor:
“É interessante lembrar sobre quando em 1946 o estado interveio na iniciativa privada. Em 88 tivemos a mudança para o estado democrático de direito. Depois, em 1992, na Lei Zico, foi introduzido o bingo, que serviu como ajuda aos segmentos esportivos”.
“Depois, em 1998, o Pelé adequou a legislação com a maior transparência. Ela foi boa para o segmento", agregou Mauzler e ainda destacou que “o Congresso na época fez muito bem a sua parte. Quem não fiscalizou foi o Executivo”, antes de criticar também o desinteresse, segundo ele, do Governo Lula pelo tema.
“O Executivo não fiscalizou direito e deixou as coisas correrem de qualquer forma. Chegou a ser instituída a Abrabincs (Associação Brasileira dos Bingos, Cassinos e Similares), que buscou um entendimento com o governo. Mas, infelizmente, o presidente Lula na época não tinha interesse e acabou prejudicando o meio. O que aconteceu? Saiu da formalidade e foi para informalidade”, concluiu.
Fonte: GMB/Meon