MIÉ 27 DE NOVIEMBRE DE 2024 - 20:24hs.
Evento aconteceu em São José dos Campos (São Paulo)

Figuras importantes debatem políticas de estímulo ao turismo brasileiro com cassinos e apostas

O Grupo Meon de Comunicação promoveu na manhã desta terça-feira (15) o Diálogos & Estratégias: Turismo. O evento é uma das mais famosas marcas do grupo. O debate reuniu diversas personalidades da sociedade civil, figuras públicas e políticos para o debate de políticas públicas de estímulo ao turismo na Região Metropolitana do Vale do Paraíba. Painéis falaram sobre a aprovação dos jogos e cassinos no Brasil e sinergia entre turismo, eventos esportivos e apostas esportivas. Assista ao vídeo do evento.

Mais de 20 representantes das 39 cidades da RMVale estiveram presentes no encontro, que foi
transmitido ao vivo pelo canal oficial do Portal Meon no YouTube.

Na abertura, a diretora-executiva do Grupo Meon de Comunicação, Regina Laranjeira Baumann, juntamente com o prefeito de São José dos Campos, Felicio Ramuth (PSD), deram as boas-vindas aos presentes e o pontapé inicial do debate.

 

 

Realizado no salão de eventos do hotel Golden Tulip, dentro do Shopping Colinas, na região oeste de São José, o seminário foi dividido em quatro temas e a discussão estendeu-se por mais de quatro horas, das 9h às 13h30.

Painel 1: aprovação dos jogos e cassinos no Brasil

O primeiro tema a ser debatido no Diálogos & Estratégias: Turismo de 2022 se refere ao projeto de lei que prevê a legalização de jogos e cassinos no Brasil, em tramitação em Brasília. Bruno Omori, presidente da IDT-Cema (Instituto de Desenvolvimento, Turismo, Cultura, Esporte e Meio Ambiente) mediou o diálogo, assim como nos outros painéis.

 

 

10% do PIB mundial é gerado pelo turismo. No Brasil, em 2018, 3,8% do PIB nacional foi advindo do turismo. Temos um campo enorme para ser explorado. A liberação dos cassinos, dos bingos, dos jogos, seja lá como for viável, irá agregar muitos investimentos ao país”, destacou Paulo Kenzo Uemura, diretor do Parque Magic City e diretor da Adibra (Associação das Empresas de Parques de Diversão do Brasil).

O PL 442/1991 foi aprovado pela Câmara dos Deputados e tem a maioria necessária dos senadores para a aprovação na casa alta legislativa. O presidente Jair Bolsonaro (PL) já indicou que poderá vetar o PL, ainda assim, os deputados terão poder de derrubar o veto.

Sabemos que é uma questão delicada, também. O presidente Bolsonaro disse que irá vetar o projeto, mas entende que o veto pode ser derrubado pelo Congresso. Cada uma das bancadas foi liberada para votar de acordo com seu entendimento. Muitos parlamentares entenderam a legislação”, afirmou Bruno Omori.

 

 

Além dos dois, participaram do painel Latif Abrão Junior, diretor do Terras Altos Resort e presidente do conselho ADVB (Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil), Rodrigo Tavano, vice-presidente da ABIH-SP (Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Estado de São Paulo), e Gene Chayevsky, CEO da KLW Capital Games, diretamente dos Estados Unidos.

Painel 2: sinergia entre turismo, eventos esportivos e apostas esportivas

O segundo painel contou com a participação de Ronald Lopes, ex-atleta de decatlo e diretor do projeto Juntos pelo Esporte, Nelson Romanini, diretor da empresa de apostas esportivas Betsul, Luciane Leite, secretária de Turismo de Ilhabela, e Mauzler Pautinete, secretário executivo da Asemesp (Associação de Secretários Municipais de Esporte do Estado de São Paulo).

Foram discutidos potenciais eventos turísticos envolvendo o mercado das apostas esportivas, que viriam na esteira do assunto anterior, com a possível liberação dos jogos e cassinos no território nacional.

 

 

Mauzler, executivo da Asemesp aproveitou para falar sobre as mudanças estatutárias nas leis em relação à legalidade dos jogos e, até mesmo, na introdução do bingo, ainda no governo Collor:
É interessante lembrar sobre quando em 1946 o estado interveio na iniciativa privada. Em 88 tivemos a mudança para o estado democrático de direito. Depois, em 1992, na Lei Zico, foi introduzido o bingo, que serviu como ajuda aos segmentos esportivos”.

Depois, em 1998, o Pelé adequou a legislação com a maior transparência. Ela foi boa para o segmento", agregou Mauzler e ainda destacou que “o Congresso na época fez muito bem a sua parte. Quem não fiscalizou foi o Executivo”, antes de criticar também o desinteresse, segundo ele, do Governo Lula pelo tema.

O Executivo não fiscalizou direito e deixou as coisas correrem de qualquer forma. Chegou a ser instituída a Abrabincs (Associação Brasileira dos Bingos, Cassinos e Similares), que buscou um entendimento com o governo. Mas, infelizmente, o presidente Lula na época não tinha interesse e acabou prejudicando o meio. O que aconteceu? Saiu da formalidade e foi para informalidade”, concluiu.

Fonte: GMB/Meon