MIÉ 27 DE NOVIEMBRE DE 2024 - 13:30hs.
Davi Alcolumbre, relator

Ex-presidente do Senado defende legalização do jogo no Brasil para financiar piso da enfermagem

O Plenário do Senado aprovou na tarde desta quinta-feira, 2, a Proposta de Emenda à Constituição que visa a dar segurança jurídica ao piso salarial da categoria de enfermagem. O ex-presidente da Casa e relator da matéria, Davi Alcolumbre (União-AP), defendeu a legalização dos jogos de azar para fazer frente à despesa. Ele disse que “inevitavelmente' será uma das fontes.

Ex-presidente do Senado defende legalização do jogo no Brasil para financiar piso da enfermagem

Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado

Ex-presidente do Senado defende legalização do jogo no Brasil para financiar piso da enfermagem

Foto: Pedro França/Agência Senado

Foto: Pedro França/Agência Senado

O Senado aprovou na tarde desta quinta-feira (2) a Proposta de Emenda à Constituição 11/2022 que estabelece o piso salarial nacional para enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem e parteiros.

A proposta foi aprovada em primeiro turno por 71 votos a favor e nenhum contrário —eram necessários 49 votos favoráveis. No segundo turno, foram 72 votos a favor e nenhum contrário. A PEC agora segue para a Câmara dos Deputados

Um projeto de lei prevendo o mínimo salarial para a enfermagem já havia sido aprovado pelo Congresso Nacional, no início desse mês. No entanto, a proposta nem chegou a ser encaminhada pela Câmara dos Deputados para a sanção presidencial, pois havia receio de veto de Jair Bolsonaro (PL) ou mesmo ações judiciais.

 

 

Assim como aconteceu durante a aprovação do projeto de lei, os parlamentares reconheceram que ainda não existe uma solução para financiar os custos do novo piso nacional da enfermagem, mas apenas apontaram possíveis fontes.

Davi Alcolumbre disse que "inevitavelmente" a liberação de jogos de azar será uma das fontes do novo piso. A fala gerou uma grande discussão entre parlamentares a favor e contra os jogos.

"Inclusive tem uma proposta nesta Casa, porque o projeto de lei que autoriza os jogos no Brasil será, inevitavelmente, uma fonte de arrecadação não só para cumprir o piso porque nós temos assegurados lá, na transferência do FPM [Fundo de Participação dos Municípios] e do FPE [Fundo de Participação dos Estados] para os estados, mais de R$6,5 bilhões a mais", afirmou.

O senador Angelo Coronel (PSD-BA) aproveitou para defender a proposta relativa aos jogos. Disse que os profissionais da enfermagem sairiam "ululantes" da sessão por causa do novo piso, mas que ainda restava a fonte para bancá-lo.

Fonte: GMB