Está tudo no âmbito do melhor dos sonhos para os banqueiros. Embora chorem pitangas ao falar de crise apenas na hora de cortar postos de trabalho e fechar agências pelo país, os cinco maiores bancos do país (Banco do Brasil, Bradesco, Caixa, Itaú e Santander) registraram lucro líquido de R$ 59,6 bilhões em 2016 e concentram hoje 87% de todas as operações de crédito no Brasil.
Os dados divulgados pelo Dieese revelam ainda que o resultado operacional dos gigantes do setor cresceu 204,8% em relação ao ano anterior, mais do que dobrando em todas as organizações. Mesmo assim, os bancos passaram a faca nos empregos em 2016.
O Banco do Brasil foi o campeão de cortes sem reposição. Foram 8.569 vagas a menos, fruto do Peai (Plano Extraordinário de Aposentadoria Incentivada). Santander, Itaú e Caixa seguiram o mau exemplo e eliminaram 2.770, 2.610 e 2.480 postos, respectivamente.
Vale lembrar que o saldo negativo da Caixa aumenta com a adesão de mais 4.645 pessoas ao PDVE (Programa de Desligamento Voluntário Extraordinário) do banco, aberto em 2017, faz parte de uma desastrada gestão, com suspeitas de falcatruas no caso do banco Pan Americano, ou no modelo de dar dinheiro aos clubes de futebol e compra de folhas de pagamentos a prefeituras.
Enquanto isso os lotéricos estão a quinze anos recebendo tarifas abaixo da inflação, segundo informações o salário mínimo aumentou 238% e esse custo foi assumido pelos empresários lotéricos. "Os repasses da Caixa, no entanto, variavam 129%, um valor 84% menor”, reforça. As agências lotéricas, segundo a ALSPI, realizam 66% das transações do banco.
Números terríveis de um setor robusto, mas ganancioso. Só nas receitas com tarifas, as empresas cobririam entre 100% e 156% das despesas com pessoal. Prova de que as tarifas são abusivas e o descaso com o bancário, gritante.
Fonte: GMB/ Diario D4 Noticias