A oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) da Caixa Seguridade será no Brasil e foi retomada oficialmente na última quinta-feira, 27, após ter sido engavetada no ano passado por conta da pandemia.
A operação marcará a estreia da Caixa com algum negócio listado em Bolsa. Os valores ainda não foram fechados. A ideia do banco público, conforme fontes, é vender até 30% da companhia na terceira tentativa que fará de listá-la na bolsa. Às vésperas de o IPO ser congelado, a operação era estimada em R$ 15 bilhões, e o objetivo do banco público era avaliá-la entre R$ 50 bilhões e R$ 60 bilhões.
Com a pandemia, o banco público se debruçou em concluir as parcerias que ficarão sob o guarda-chuva da Caixa Seguridade. A conclusão do movimento coloca um ponto final na reestruturação da operação e também abre as portas para o IPO. As novas sociedades, que entram em vigor agora, foram fechadas com parceiros privados e têm duração prevista de 20 anos.
"Já recebemos R$ 7 bilhões por conta da reestruturação de seguridade. Somente neste ano foram mais de R$ 2 bilhões. O negócio de seguridade reforça o tamanho da Caixa", disse o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, essa semana, durante evento do Credit Suisse sobre investimentos na América Latina.
Na ocasião, ele afirmou que o banco público já teria demanda de duas vezes o valor da oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) da sua holding de seguros. Ponderou, contudo, que depende do preço das ações e das condições de mercado, além das aprovações necessárias. Também sinalizou que o IPO de seguridade era para logo. "Espero em breve ter uma conversa mais objetiva sobre operações específicas para que investidores possam ser nossos sócios", disse.
Segundo Guimarães, com as parcerias fechadas e prestes a serem iniciadas, a Caixa Seguridade está pronta para retomar o IPO, engavetado por conta da pandemia. "Agora, não existe mais dúvidas", acrescentou. Além da Caixa Seguridade, o banco público tem outros quatro IPOs no horizonte. São eles: o banco digital, o negócio de cartões, a área de gestão de recursos e de loterias. "Temos cinco operações possíveis, quatro dependem do management. A outra, a de loterias, tem uma questão legal", explicou Guimarães.
No caso do IPO da Caixa Seguridade, devem ser mantidos os mesmos assessores financeiros já contratados anteriormente, segundo uma fonte. A operação está sendo estruturada pelo próprio banco público, ao lado de Morgan Stanley, Bank of America, Itaú BBA, Credit Suisse e Banco do Brasil. Procurada, a Caixa não comentou.
Fonte: Estadão