Ao se fazer a comparação entre a arrecadação nominal do período de janeiro a setembro de 2021, registrou-se um crescimento de 8,3% em relação ao mesmo período de 2020 e de 28,6% em relação a 2017. Para o subsecretário de Prêmios e Sorteios do ME, Waldir Marques, os números indicam a solidez do mercado nacional de loterias, apesar das dificuldades enfrentadas decorrentes da pandemia de covid-19.
Segundo o boletim, os principais produtos lotéricos do país hoje são: a Lotofácil (36,7%), Mega-Sena (30,7%) e Quina (19,9%), tendo a Lotofácil ultrapassado a Mega-Sena como a mais vendida no Brasil. A publicação atribui a mudança ao fato de a Lotofácil ter passado a ser diária a partir de agosto de 2020 e ao pouco acúmulo dos concursos regulares da Mega-Sena nos últimos meses.
O estudo indica que a participação relativa do mercado de loterias no Brasil continua bastante centralizado em três grandes produtos lotéricos: Lotofácil, Mega-Sena e Quina, que concentram 87% das vendas.
A publicação aponta também um aumento de 14% nos repasses para o financiamento de políticas públicas obtidas a partir das loterias, no período de janeiro a setembro de 2021, que ultrapassaram os R$ 4,64 bilhões. Nesse período, os principais repasses sociais foram as parcelas destinadas à seguridade social (46,8%), ao Fundo Nacional de Segurança Pública (FNSP), com 25,2% e à educação, com 10,6%. A educação registrou ainda um aumento de recursos de 110% em função da reversão de um dos prêmios da Mega da Virada de 2020 não resgatado.
Além das destinações específicas, o estudo mostra que houve o recolhimento de imposto de renda de aproximadamente R$ 1,09 bilhão, que poderá ser destinado ao atendimento de qualquer despesa do governo. Assim, apenas no período compreendido entre janeiro e setembro de 2021, o setor destinou R$ 5,7 bilhões ao Tesouro Nacional (repasses sociais + I.R.).
Fonte: SECAP/GMB