A Loterj, que opera loterias no Rio de Janeiro desde 1975, está vivendo um excelente momento após a audiência pública para colher contribuições para elaboração de um edital para exploração de novas modalidades lotéricas. O presidente da empresa, Oswaldo Luiz Pacheco Ribeiro, diz que em curtíssimo prazo a licitação estará na rua e vai permitir que o estado arrecade mais para fazer frente às ações sociais no Rio de Janeiro.
“Tivemos 35 interessados em nosso futuro Edital e espero que apareçam quando a licitação for colocada no mercado”, aponta Ribeiro, que pretende que o estado se torne uma referência no mercado brasileiro de loterias.
Após o fim do monopólio da União na exploração de loterias decidido pelo STF, era de se esperar o movimento da Loterj no sentido de ampliar o leque de opções aos moradores do estado do Rio de Janeiro, embora Ribeiro não considere exatamente como o fim do monopólio. “Nosso entendimento, que é o da Loterj, desde 1975, é que a União nunca teve esse monopólio senão a Loterj e outras loterias estaduais não poderiam existir. A decisão do STF veio para pacificar a questão com o trânsito em julgado, que disse que temos autonomia total para exercer os jogos nos Estados”, disse.
Segundo o presidente da Loterj, além das modalidades online a serem contempladas pela próxima licitação, a empresa também pretende explorar as apostas esportivas, que já possuem uma lei federal. Para ele, esse segmento “será a cereja do bolo” e ele entende que, com a decisão do STF, há competência estadual para a operação dessa vertical.
Para Ribeiro, a liberação de bingos, cassinos e jogo do bicho deveriam entrar na pauta do Congresso Nacional. “Jogo é entretenimento e o entretenimento leva ao turismo e este leva à captação de recursos e visibilidade internacional. O Brasil é um país de dimensões continentais. Temos costas e outras áreas maravilhosas para serem exploradas e essas localidades estão ávidas por receber dinheiro. Espero que o Congresso Nacional tenha a mesma visão e sensibilidade que temos na presidência da Loterj”, disse.
No caso de bingos e jogo do bicho, Ribeiro afirma que a Loterj tem plena capacidade de assumir o controle das modalidades: “Temos um corpo técnico para isso e é só aumentar a capacidade tecnológica para fazer o controle”. Especialmente quanto aos bingos, o presidente da Loterj lembra que a atividade esteve sob controle da empresa durante anos quando os bingos estavam legalizados. “Não vamos precisar reinventar a roda, apenas colocá-la para girar”, atesta.
Fonte: Exclusivo GMB