VIE 29 DE NOVIEMBRE DE 2024 - 00:48hs.
Contra a prática nas mídias sociais

Loteria da Paraíba notifica sorteio ilegal por influencers

Após denúncias, a Lotep – Loteria do Estado da Paraíba notificou sorteios de rifas realizados de forma ilegal no instagram através de digitais influencers. A Lotep, responsável por fiscalizar a exploração de jogos de azar e sistemas de apostas no estado, afirma que o sorteio de rifas é ilegal e que está investigando a prática na Paraíba por meio das redes sociais e que será encaminhado ao Ministério Público.

Segundo Emanuel Lucena, diretor da Lotep, a distribuição de prêmios feita por sorteio, vale-brinde, rifa, concurso ou similar é atividade ilegal e constitui contravenção penal, não tem efeitos jurídicos válidos e não gera obrigações de pagamento conforme preceitua o art. 69 do Decreto-Lei 6.259/44, “são nulas de pleno direito quaisquer obrigações resultantes de loterias não autorizadas”. Quando não autorizada, a rifa não gera obrigação a favor do credor, como regulamentado no art. 814 do Código Civil.

Além disso, o diretor da Lotep alerta que tais rifas e sorteios não possuem nenhuma garantia para quem participa, poderá sim ser configurado crime contra a economia popular e lesão ao consumidor.

Sorteios

A realização de rifa, loteria e bingo são considerados jogos de azar – cuja exploração é uma exclusividade dos governos federal e estaduais. A prática dos sorteios e promoções com prêmios sem autorização, poderá ser também enquadrada no crime de lavagem de dinheiro. Os valores obtidos se originam de uma infração penal – que foi a realização de sorteios ou de promoções com distribuição de prêmios não autorizadas – o infrator estará dissimulando a natureza da operação e poderá sofrer penalidade de 3 a 10 anos de reclusão, se for enquadrado na Lei de Lavagem de Dinheiro.

Penalidade

Toda exploração lotérica (a distribuição de prêmios quando efetuada mediante sorteio, vale-brinde, rifa, concurso ou operação assemelhada) sem autorização configura infração penal e será comunicado ao Ministério Público.

Font: MaisPB