JUE 28 DE NOVIEMBRE DE 2024 - 19:26hs.
Falso ganhador da Lotofácil

Justiça condena seis por fraude de R$ 73 milhões contra loteria da Caixa

A Justiça Federal condenou Márcio Xavier de Lima e outras cinco pessoas por um golpe milionário contra uma agência da Caixa de Tocantinópolis, no norte do estado de Tocantins, em dezembro de 2013. De acordo com o Ministério Público, Márcio Xavier se passou por ganhador da Lotofácil e conseguiu levar pouco mais de R$ 73 milhões do banco. Ele teria tido a ajuda do então gerente da agência para completar a fraude e de outras quatro pessoas para fazer a lavagem e ocultação do dinheiro.

Alberto Nunes Tugeiro Filho, Antônio Rodrigues Filho, Ernesto Vieira de Carvalho Neto, Márcio Xavier de Lima, Robson Pereira do Nascimento, Talles Henrique de Freitas Cardoso vão cumprir penas que variam de cinco a 13 anos de prisão, além de pagarem multas. Todos foram denunciados em 2014 por falsificação de documento público, uso de documento falso, lavagem de bens e valores, peculato e formação de organização criminosa.

Paulo André Pinto Tugeiro também foi indiciado, mas o Judiciário entendeu não haver provas suficientes para puni-lo. Segundo o MPF (Ministério Público Federal), em novembro de 2013, o então gerente da agência de Tocantinópolis (TO) Robson do Nascimento recebeu a proposta de alguns integrantes da quadrilha para receber indevidamente o prêmio da loteria. 

Mesmo de férias, Robson utilizou suas senhas para acessar o sistema do banco e receber uma Declaração de Acréscimo Patrimonial falsa por parte de Márcio Xavier Gomes de Souza. Esse documento é emitido pela Caixa em razão do pagamento de bilhete premiado. 

No entanto, a verdadeira identidade de Márcio de Souza era Márcio Xavier de Lima. Ele usou a carteira de identidade falsificada, expedida pela Secretaria de Segurança Pública do Ceará, para abrir uma conta na unidade.

Feita a transferência, Robson do Nascimento começou a desvincular o dinheiro proveniente da fraude realizando 15 transferências para outras nove contas. A maior parte da quantia, R$ 42 milhões, foi enviada para a conta da empresa Phama Transportes, administrada por Alberto Tugeiro e que tem como pessoa de confiança Antônio Rodrigues Filho. Desse total, R$ 32 milhões foram depois transferidos para a conta de Talles Henrique e pulverizado para diversas outras contas em operações de menor valor. 

Na tentativa de espalhar o dinheiro, Antônio Rodrigues comprou sete veículos zero km, todos emplacados em São Paulo. Ernesto de Carvalho adquiriu uma aeronave.

Fonte: UOL