Márcio Malta, presidente do Sorte Online, enxerga a presença digital das loterias como um caminho natural, que trará benefícios tanto para o mercado quanto para o apostador. “A digitalização dos serviços certamente é um canal sem volta e permitirá um desenvolvimento sustentável do setor, onde a iniciativa privada pode investir para ampliar o mercado”, analisa.
Para estar alinhado às boas práticas de empresas que atuam em mercados normatizados, o Sorte Online se juntou, em 2018, ao grupo da Lotto.com, em uma parceria estratégica.
“A diferença é que nos Estados Unidos temos um mercado evoluído e regulamentado, e este vem sendo nosso trabalho aqui no Brasil: importar as boas práticas, em parceria com operador e reguladores” diz Malta.
A falta de regulamentação dos serviços digitais voltados ao segmento lotérico dificulta a atuação das empresas que oferecem tais soluções. Em mercados já normatizados, como o dos Estados Unidos, a penetração das loterias torna-se mais significativa, causando impactos positivos na economia. No Brasil, apenas as loterias da Caixa são comercializadas online de forma regulamentada embora algumas empresas, como o próprio Sorte Online, ofereçam a intermediação da comercialização de modalidades exploradas pela CEF, atuando desde 2003 neste segmento.
Quem joga pelo Sorte Online paga uma exta para conseguir apostar em qualquer loteria da Caixa diretamente pela internet, sem a necessidade de se deslocar a uma unidade lotérica. O carro-chefe da empresa são os jogos em grupo, popularmente conhecidos como “bolões”. Estas apostas são previamente registradas de maneira oficial no sistema da Caixa e disponibilizadas na plataforma para os apostadores, simplificando o processo de realização de apostas coletivas, que reduzem os custos para o consumidor.
AIDIGLOT
A busca por regulamentação no Brasil, entretanto, ainda não está perto de ser concretizada. Para unificar a voz das empresas do setor e facilitar o diálogo com a Caixa e entidades governamentais, o Sorte Online se tornou membro fundador da AIDIGLOT (Associação dos Intermediadores Digitais de Jogos Lotéricos).
Estima-se que, atualmente, existem mais de 20 empresas brasileiras que oferecem serviços similares, de intermediação de apostas nas loterias, e que podem se associar à AIDIGLOT para reforçar a busca pela regulamentação.
Entre as primeiras ações da associação, já foi realizada uma visita a Brasília, em que os representantes participaram de audiências na Câmara dos Deputados, Senado Federal e Ministério da Economia.
Os próximos passos envolvem o diálogo com a Caixa para buscar soluções conjuntas sobre pautas como a publicação de apps dos associados nas lojas de aplicativos, veiculação de publicidade em plataformas como o Google, opções digitais de pagamento das apostas e soluções de vendas por canais eletrônicos, como, por exemplo, totens de autoatendimento e os próprios websites e aplicativos.
Além disso, a AIDIGLOT também está implementando um processo chamado de Registration Game Safety Check, que funciona como uma auditoria para garantir que todas as apostas comercializadas nos sites foram oficialmente registradas no sistema da Caixa, mitigando assim riscos de fraude ao apostador.
Por meio destas ações e da força de diversas empresas do setor reunidas, a AIDIGLOT visa assegurar que o mercado brasileiro seja cada vez mais inovador, causando impacto positivo para a economia por meio da arrecadação das loterias e da geração de novos empregos em todo o Brasil.
Fonte: GMB