Games Magazine Brasil - Quais são os principais objetivos da AIDIGLOT?
Mirko Mayeroff - Reunir e regular os intermediadores de jogos lotéricos e consolidar a discussão sobre esse setor em busca da regulamentação. Ser uma plataforma para ampliar a discussão com a Caixa Econômica Federal e Brasília.
Como é composta a diretoria da entidade e quem são os associados?
Estamos formando a diretoria da associação, já contamos com apoio jurídico e buscamos em nossa primeira reunião a melhor forma para compor algo que represente todas as áreas que podemos contemplar.
Qual o tamanho do mercado lotérico brasileiro e como ele pode ser comparado com a atividade em países com tradição na operação de loterias?
Falando especificamente do mercado digital, entendemos estar longe do potencial de mercados maduros. Nesses mercados a participação do digital chega a 0,74% do PIB, aqui estamos nos 0,23%.
Como a AIDIGLOT pretende levar as discussões sobre uma convivência harmoniosa com a Caixa Econômica Federal e a rede lotérica convencional?
O principal já estamos promovendo, o debate, a orientação e tudo isso com reuniões e calls. Entendemos que só dessa forma fortalecemos o ecossistema, trazendo benefícios e retorno ao mercado de loterias como um todo. Afinal, são pelo menos 20 empresas brasileiras que oferecem esse tipo de intermediação de jogos lotéricos por meio digital.
A AIDIGLOT já buscou uma aproximação com a Febralot, que congrega a rede lotérica que opera as loterias da Caixa?
Sim, estamos buscando este caminho também.
Como a AIDIGLOT vê o atual estágio da operação das loterias no Brasil levando em conta a supremacia da CEF no momento e a existência de apenas quatro loterias estaduais no país?
Tem muito espaço para crescimento, muita oportunidade no digital e muito benefício a ser gerado para todo o ecossistema de loterias. Afinal alguns dos associados e potenciais associados já estão há 20 anos no mercado digital.
Que avaliação você faz da estadualização da operação de loterias e a intenção de diversos estados de atuar nesse segmento?
Vejo como parte de um processo de amadurecimento. Em um país do tamanho do nosso, regulamentar a operação de loterias, levando em conta interesses e peculiaridades da região, é fundamental. Devemos olhar para aquilo que vem sendo feito globalmente, isso é tendência.
A CEF tem procurado os Procons estaduais para impedir que empresas comercializem as loterias da Caixa. Como vencer essa resistência e quais são os caminhos que estão sendo trilhados pela AIDIGLOT diante do Parlamento e do Ministério da Economia, via Secap?
Entendo que o caminho aqui é aproximação, não distanciamento ou veto. Explicando o potencial daquilo que os intermediadores já fazem, se existir essa aproximação com a CEF, a coisa só tende a trazer benefícios a todos os envolvidos. Já estamos nos apresentando em todas as frentes, Câmara, Senado e lotéricos já estão nos escutando. O ecossistema lotérico só tende a ganhar com essa aproximação.
Quais as principais ferramentas para garantir ao apostador a segurança em apostas pela internet de empresas que comercializam as modalidades lotéricas exploradas pela CEF?
Certificações, estudos, tecnologias que permitem cruzar dados de forma instantânea, além do constante investimento na evolução de sistemas que tragam garantias, segurança e dados, olhando sempre para o mercado global. São alguns dos requisitos que nosso grupo de intermediadores procura atender para servir melhor o cliente. Entendemos o cliente, sabemos quem ele é, o volume de apostas que gera, temos seu contato, comunicação constante e ainda conseguimos trazer a questão da conveniência na hora da aposta. Somos os mais interessados nessa transparência, e em mostrar o quanto de inteligência e tecnologia existe naquilo que estamos entregando. Sabemos que nossos processos ajudariam a mitigar riscos, aumentar potencial e tudo isso com inovação sendo o foco.
Fonte: Exclusivo GMB