Marcello M. Corrêa abriu o painel destacando que falta de conhecimento dos estados para trabalhar as loterias abriu espaço para o setor privado para exploração da loteria. Segundo ele, esse fato trouxe um grande benefício. “Essa foi a maneira mais rápida para que os Estados conhecessem informações tangíveis e qualificadas de maneira que eles pudessem tomar suas decisões de governo”, afirmou.
O diretor de Loterias da Maranhão Parcerias, Jhonatas Mendes Silva, contou a experiência vivida para construção do PMI do estado e afirmou que uma das maiores preocupações foi ouvir o mercado. “Procuramos entender como esse mercado se comportaria e qual a necessidade dele para se instalar no estado do Maranhão. É fato e notório que somos uma unidade da federação com a menor renda percapta, o que afeta o mercado. Então, o PMI, primeiramente serviu para ouvir quem realmente tinha interesse em operar em nosso estado”.
Ele encerrou afirmando que os resultados alcançados foram maiores que os esperados: “Todos os nossos números foram acima do esperado. Eu acho que isso dependeu muito do que fizemos no PMI e foi fruto exatamente das discussões que tivemos com o mercado e os parceiros”.
Ronan Moreira, Diretor-Geral da Loteria de MG, também relatou os passos do processo que fizeram parte da construção do PMI de Minas Gerais e ressaltou a importância de cada parte evolvida cumprirem suas obrigações pré-definidas. “As obrigações da concessionária precisam ser altamente fiscalizadas e acompanhadas. Já nós, como poder público, temos de fornecer transparência segurança jurídica para que esse processo seja tão bem-sucedido quanto a concessão que foi realizada”.
Jaques F. Reolon já ressaltou a importância de cuidar de três pontos na montagem das operações de loterias estaduais: modelo de negócio para não condicionar o projeto que os particulares vão apresentar, qualidade das informações que levaram a criação das estimativas de resultados e transparência do setor público para justificar as escolhas feitas ao longo do processo.
Por fim ele explicou o papel que um bom trabalho do tribunal de contas de cada unidade para o sucesso das operações de loteria. “Quem controla, não participa da execução. Então, os tribunais de conta não podem participar do momento de planejamento, PMI e licitação. Ele só participa fiscalizando”, afirmou.
O diretor-Geral da Loteria de MG, Ronan Moreira, lembrou da participação da loteria estadual nos investimentos feitos em diversos programas sociais e afirmou que está a disposição para colaborar com as demais unidades da federação. “Nossas porta estão totalmente abertas, os números disponíveis no portal, se preferirem podem entrar em contato direto. Nós precisamos construir um grupo forte de loterias estaduais. Podem contar conosco no que precisar”.
Jhonatas Mendes Silva, diretor de Loterias da Maranhão Parcerias, ratificou a importância da união entre os estados, destacando o momento de regulação das apostas esportivas como loterias de quota fixa. “Nesse cenário que vem se desenhando de regulamentação das apostas esportivas, as loterias estaduais deveriam ser envolvidas porque a atividade trará impactos diretos para os estados. Isso seria muito assertivo nos envolver porque ajudaríamos que todo processo tenha um resultado muito melhor”, concluiu.
Fonte: GMB