Bolsonaro voltou a dizer nesta quinta-feira, 04, que considera o modelo de apuração da Mega Sena, um jogo de azar, mais transparente do que a tecnologia utilizada pelo Tribunal Superior Eleitoral. "Temos que nos preocupar", declarou ele. Na terça, Bolsonaro já havia dito que pediria à Caixa Econômica Federal um estudo específico sobre o modus operandi da Mega Sena.
A Mega Sena é tida como a maior modalidade lotérica do país e pode ser considerada um jogo de azar, pois envolve apostas (pessoas pagam e escolhem números em cartelas, sendo o vencedor definido por sorteio).
Já ao Tribunal cabe realizar e supervisionar o processo eleitoral no país, ou seja, pleitos que definem gestores públicos e representantes da sociedade. "Fui procurar saber como é apurada [a Mega Sena]. É da mesma forma que está sendo proposta pelas Forças Armadas [ao TSE]. (...) Vou propor para a Dani, da Caixa, mais gente para ver essa apuração. Não tem como você fraudar", disse ele, na terça.
A Mega Sena tem toda sua estrutura de apuração da extração auditada e feita simultaneamente por dois sistemas independentes e depois são conferidos para comprovar a lisura da extração. Ambos identificam o resultado do sorteio e definem os bilhetes premiados e somente após isso é feita a comparação entre os dois resultados encontrados pelos programas da CEF.
De acordo com o presidente, esse sistema de apuração envolve dois computadores, sendo que um realizaria o backup do outro sem uma "ligação" direta entre eles. A apuração seria pública e feita de forma simultânea nas duas máquinas após o término do horário das apostas da Mega Sena. Bolsonaro não explicou com clareza os detalhes do modelo que ele considera ser mais seguro do que a urna eletrônica para sugerir ao TSE.
Fonte: GMB / UOL