Ao contrário dos Estados Unidos, onde não há uma única loteria nacional, mas sim licenças concedidas por estados individuais, a loteria de Nova York é uma das operadoras da modalidade no país, administrada pela Comissão de Jogos do Estado de Nova York. No Brasil, segundo informações da Caixa Econômica Federal, os brasileiros apostaram cerca de R$ 23,3 bilhões nas loterias da Caixa. Esse valor recorde representa um aumento de 25,7% em relação aos resultados de 2021, que totalizaram 18,5 bilhões de reais.
Apesar do aumento, as apostas no Brasil correspondem à metade do resultado da loteria de Nova York. “Existem duas razões principais para essa diferença significativa. Em primeiro lugar, a porcentagem destinada aos prêmios na loteria de Nova York é maior do que nas loterias brasileiras, o que atrai mais jogadores. Além disso, a falta de inovação nos jogos e nas formas de aquisição de jogadores nas loterias brasileiras também contribui para essa disparidade”, explica Cristiano Maschio, CEO da Qesh, empresa especializada em gerenciamento de pagamentos.
“Enquanto as loterias geralmente têm apenas um ou dois sorteios por semana, o mundo digital e acelerado de hoje faz com que as pessoas queiram mais opções. No Brasil, já existem projeções de um mercado de apostas esportivas avaliado em cerca de 70 bilhões de reais, quase três vezes maior que o mercado das loterias no país. Um dos grandes propulsores para o crescimento do mercado de apostas esportivas no Brasil foi a invenção do pix, que deu mais celeridade aos pagamentos”, acrescenta Maschio.
Segundo o executivo, o crescimento das apostas esportivas nos Estados Unidos, empresas como FanDuel e Draft Kings, detentoras das licenças por lá, investem bastante na experiência do usuário.
“Ao contrário das loterias, as apostas esportivas oferecem a possibilidade de apostar diariamente, a qualquer hora, e recursos como apostas ao vivo tornam a experiência ainda mais emocionante para os usuários. Os jogadores também buscam pagamentos mais rápidos e estatísticas atualizadas”, complementa o executivo da Qesh.
Fonte: Veja