VIE 27 DE DICIEMBRE DE 2024 - 16:25hs.
A pressão continua

Deputados do PT solicitam informações à Fazenda sobre possível privatização das loterias da Caixa

A pressão contra uma possível transferência da área de loterias da CEF para a Loterias CAIXA continua. Dois deputados do PT, partido do presidente Lula, protocolaram requerimento ao Ministério da Fazenda solicitando informações sobre a mudança. Erika Kokay (DF) e Tadeu Veneri (PR) questionam a motivação, legalidade, impacto socioeconômico com a medida e potencial redução dos recursos arrecadados a serem destinados a ações sociais.

Desde que se começou a falar na transferência das operações de loterias da Caixa Econômica Federal para uma subsidiária do banco estatal, as pressões corporativistas e sindicalistas têm aumentado.

Um membro do Conselho de Administração da CEF que representa os funcionários do banco estatal alegou que a transferência das operações para a Loterias CAIXA seria o primeiro passo para a privatização. Com isso, as atuais modalidades lotéricas e a futura operação das apostas esportivas, seriam transferidas para a iniciativa privada.

Agora, dois deputados do PT, Erika Kokay (DF) e Tadeu Veneri (PR), protocolaram um requerimento ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, solicitando informações sobre uma possível transferência das operações de loterias para uma subsidiária da Caixa.

Sergio Takemoto, presidente da Fenae, entidade sindical que defende os funcionários da CEF, instigou os deputados a tomarem a ação, alegando sobre os “perigos de uma privatização disfarçada, enfraquecendo o papel social da Caixa”.

No requerimento, os dois parlamentares lembram que a Caixa administra as loterias desde a década de 60 e questionam: “qual razão para transferir as loterias federais para uma subsidiária?”.

Para tentar colocar o ministro Fernando Haddad na parede, os deputados destacam que “as loterias são do Estado, a Caixa só é a Gestora”. E argumentam que a “a lei atual estabelece exclusividade da gestão das loterias pela Caixa”, questionando que “para mudar a administração para outro CNPJ, não seria necessário mudança na lei?”.

Continuam os parlamentares questionando o ministro se foram feitos estudos para uma eventual transferência, os impactos socioeconômicos e possíveis riscos para a sociedade com a redução dos investimentos sociais.

Fonte: GMB