VIE 27 DE DICIEMBRE DE 2024 - 04:10hs.
Aprimorar as práticas desportivas de rendimento

Comissão do Senado aprova destinação de dinheiro de loterias para os eSports

A Comissão de Assuntos Econômicos do Senado (CAE) aprovou nesta terça-feira (13) um projeto de lei que destina recursos da arrecadação das loterias aos eSports. De autoria do senador Izalci Lucas, o texto recebeu relatório favorável do relator Rodrigo Cunha e segue para a Comissão de Esporte (CEsp).

Comissão do Senado aprova destinação de dinheiro de loterias para os eSports

Foto: Roque de Sá/Agência Senado

Foto: Roque de Sá/Agência Senado

A matéria altera a Lei 9.615, de 1998, para incluir a Confederação Brasileira de Games e e-Sports (CBGE) no Sistema Nacional de Desporto, que tem por finalidade promover e aprimorar as práticas desportivas de rendimento. Além disso, altera a Lei 13.756, de 2018, aumentando dos atuais 4,36% para 4,40% o percentual destinado ao esporte dos recursos provenientes das loterias de prognósticos numéricos. Esse aumento de 0,04% na arrecadação deve ser integralmente destinado à CBGE.

A legislação em vigor já destina percentuais dos valores arrecadados em loterias para outras entidades esportivas, tais como o Comitê Olímpico Brasileiro, que recebe 1,73%; o Comitê Paralímpico Brasileiro, que recebe 0,96%; o Comitê Brasileiro de Clubes, que recebe 0,46%; entre outros.

Fomento

O PL 6.118/2023 determina que o valor arrecadado deve ser aplicado exclusivamente em programas e projetos de fomento, desenvolvimento e manutenção do esporte, formação de recursos humanos, preparação técnica, manutenção e locomoção de atletas, participação em eventos esportivos e custeio de despesas administrativas, conforme regulamentação.

O Tribunal de Contas da União (TCU) fica responsável por fiscalizar a aplicação correta dos recursos.

O senador Izalci Lucas aponta que os esportes eletrônicos, que correspondem à modalidade competitiva de jogos virtuais, já foram regulamentados e reconhecidos como categoria esportiva em vários países, como França, Coreia do Sul, África do Sul, Índia e Taiwan.

Para ele, os eSports têm a vantagem de poderem ser disputados igualitariamente entre homens e mulheres, já que o gênero não influencia a competitividade.

Os eSports são interessante modalidade esportiva emergente, congregando homens e mulheres lado a lado ou mesmo se enfrentando como adversários”, argumenta o parlamentar na justificativa do projeto.

O senador Rodrigo Cunha lembra que o mercado global de esportes eletrônicos movimentou cerca de US$ 1 bilhão em 2021 e que os torneios são acompanhados por 230 milhões de pessoas em todo o mundo.

Ele considera que a destinação de recursos a essa modalidade atende ao princípio da isonomia constitucional. “Não há justificativa para um tratamento discriminatório contra essa modalidade desportiva”, salienta no relatório.

Fonte: Agência Senado