Para competir com Macau, Las Vegas e Singapura no mercado do
jogo virado para os turistas internacionais, o Japão deve apostar em Osaka,
como a região chave para o desenvolvimento da indústria dos casinos. Esta é a
conclusão de um estudo da consultora Global Market Advisors, que sugere,
inclusive, a criação de uma "Osaka Strip”, na ilha de Yumeshima.
De acordo com as conclusões do documento, intitulado
"Empreendimentos Turísticos no Japão”, Osaka é a cidade onde as receitas
provenientes de visitantes internacionais atingem o valor mais elevado. Neste
caso concreto, a receita é estimada em 10,9 bilhões de dólares, com os turistas
contribuindo com 47% desse montante. Os jogadores locais seriam responsáveis
pelos restantes 53%.
Os números apresentados para Osaka exigem que o mercado de jogo da cidade tenha vários operadores, à semelhança do que acontece em Macau. Contudo, o montante das receitas da RAEM é muito superior. Por exemplo, só no ano passado os cassinos do território tiveram lucros na casa dos 27,9 bilhões de dólares.
O estudo considera, no entanto, outros cenários. Como
alternativa, os responsáveis pela pesquisa avançam com estimativas para um
modelo em que a indústria do jogo está concentrada em mais que uma cidade. No
caso do jogo ser autorizado tanto em Osaka como em Yokohama, a Global Market
Advisors espera que as receitas cheguem aos 12,5 bilhões de dólares. Contudo,
nesta situação os turistas apenas contribuem com 25% das receitas dos cassinos.
Outro cenário equacionado aponta para a construção de cassinos
nas cidades de Osaka, Tokyo, Sasebo e Hokkaido. Nesta situação as receitas
atingem os 14,3 bilhões de dólares, contudo a proporção proveniente do turismo
é apenas de 23%.
Por último, a consultadora apresenta um cenário em que o
jogo seria autorizado em nada menos do que seis cidades: Tóquio, Osaka, Sasebo,
Sendai, Yokohama e Hokkaido. Neste caso as receitas saltariam para os 24,2 bilhões
de dólares, mesmo assim abaixo dos valores de Macau. Contudo apenas cerca de 8 bilhões,
ou 34%, seriam provenientes de visitantes e apostadores estrangeiros.
Já em relação ao tempo que todo o processo pode demorar até
que primeiro cassino abra as portas, a Global Market Advisors aponta que
aconteça dentro de sete anos, em 2023.
Sobre as hipóteses das operadoras internacionais conseguirem
uma licença no Império do Sol Nascente, a Global Market Advisors avisa que quem
não conseguir um parceiro local vai enfrentar uma "íngreme montanha de
obstáculos”.
Fonte: GMB/Ponto Final