VIE 15 DE NOVIEMBRE DE 2024 - 20:25hs.
Macau

Lucros da Sands China aumentam 11,9 % no primeiro trimestre

A operadora proprietária do casino Venetian continua a dominar o mercado de massas e cresce a uma velocidade superior à concorrência nesse segmento. Contudo, no mercado dos grandes apostadores, a prestação esteve longe de impressionar.

Os lucros da operadora Sands China, subsidiária para o mercado de Macau da americana Las Vegas Sands, cresceram 11,9 por cento durante o primeiro trimestre, chegando ao 349 milhões de dólares americanos. Os resultados foram apresentados ontem pela operadora presidida pelo milionário Sheldon Adelson.

No ano passado, a concessionária de jogo tinha registado um lucro de 312 milhões em Macau. As melhorias nos lucros registadas na RAEM e em Singapura, permitiram à empresa-mãe, Las Vegas Sands, registar lucros na ordem dos 578 milhões, quando no período homólogo os ganhos tinham sido de 375 milhões.

Em relação aos resultados, o analista Grant Govertsen, do banco de investimento Union Gaming considerou que a Sands China está a evoluir mais lentamente do que o mercado ao nível do segmento de jogo direccionado para os grandes apostadores: "Se olharmos apenas para o volume do segmento VIP, a Sands China registou uma quebra de 1 por cento face ao período homólogo de 2016. A nossa estimativa aponta para que o mercado VIP, como um todo, tenha crescido 14 por cento face ao período homólogo, o que sugere que o desempenho da Sands China ficou abaixo”, observou o analista.

Contudo nas mesas de jogo do mercado de massas – aquele que gera a maior receita para a Sands – o aumento das receitas foi de 18 por cento face ao período homólogo. Um resultado que a Union Gaming diz ter sido muito melhor do que o mercado, entendido na sua globalidade, que no mesmo período viu as receitas totais neste segmento crescerem entre 11 e 12 por cento.


Objectivo é o mercado de massas

Na apresentação dos resultados da empresa-mãe da Sands China, Sheldon Adelson não se mostrou muito preocupado com a diferença, recordando que os mercados de massas e o premium de massas são muito mais lucrativo do que o segmento dos grandes apostadores, onde é necessário pagar comissões elevadas:

"A percentagem das receitas do segmento VIP que se transforma em lucro é menos do que um quarto da percentagem do mercado de massas e premium de massas. Por isso não temos um grande incentivo para substituir o negócio de massas pelo VIP”, explicou. "Mas claro que não vamos deixar passar qualquer oportunidade para fazer mais dinheiro”, acrescentou.

Sheldon Adelson vangloriou-se porque, no que diz respeito à reserva de quartos em Macau, a Sands consegue lucrar, enquanto as concorrentes, afirmou, se limitam a oferecer os quartos como um complemento a quem joga nos seus casinos.

Finalmente, o empresário norte-americano falou sobre a situação do Japão, onde afirmou que a sua operadora "está muito à frente da concorrência” e que pode ser autorizada a operar mais do que um empreendimento turístico nesse país. As informações tem por base fontes próximas da entidade responsável pelo processo de atribuição das licenças, explicou o presidente da Las Vegas Sands.
 
Fonte: GMB / Pontofinal