"Resultados satisfatórios das visitas nos aproximam cada vez mais do Brasil”. Com esta frase, Jan Jones resumiu para Games Magazine, ontem, último dia de sua segunda viagem ao país, seu sentimento sobre a receptividade que teve das autoridades brasileiras. De sua agenda lotada, constou reuniões com o governo do estado da Bahia, prefeitura de Salvador, Ministério do Turismo, com deputados e senadores, Caixa Econômica Federal, embaixada americana e com empresários.
Acompanhada por David Zats, vice-presidente de relações institucionais e jurídicas do grupo, e pelo parceiro brasileiro do Caesars, André Feldman, executivo à frente da operação WSOP Circuit Brazil, Jan mostrou-se animada com o amadurecimento da percepção benéfica que o jogo trará para o país em todos os encontros que teve.
Na Bahia, Jan foi recebida pelo secretário do Turismo, que apresentou-lhe várias opções de investimentos no estado, entre elas Sauípe e Porto Seguro. Na capital, foi recebida também por ACM Neto, que a impressionou pela jovialidade e pela maneira atenciosa que a recebeu, mostrando grande conhecimento do setor e muito interesse em atrair para a cidade um dos três complexos integrados a serem construídos pelo Caesars com a aprovação da lei, destacando para a vice-presidente que "Salvador é uma área estratégica, pela sua localização geográfica e por um setor turístico pronto a abraçar um projeto consistente para incrementar a oferta de mais ferramentas de atração de visitantes para a cidade e, consequentemente, para todo o estado da Bahia”.
Em Brasília, as reuniões concentraram-se no Ministério do Turismo, no Congresso Nacional, CEF e na embaixada americana. "Entre a minha primeira visita e esta, percebi que todos os envolvidos demonstraram mais conhecimento sobre o assunto e o quanto nossa indústria pode colaborar com o desenvolvimento econômico e social. Percebi que estão muito empenhados em fazer uma lei que traga principalmente segurança jurídica aos investidores internacionais”, afirmou.
Entre os parlamentares com quem se reuniu, a executiva do Caesars destaca o deputado federal Elmar Nascimento (DEM/BA), presidente da comissão especial do jogo na Câmara. "Ele é um profundo conhecedor das leis, dos termos e das condutas nacionais e internacionais, demonstrando seriedade e muita confiança e o entendimento de que a legislação deve ser rígida para impedir atividades em desacordo com regras de compliance global dos grandes grupos”.
Entre outros parlamentares que estiveram com Jan, seu parceiro local André Feldman destaca os deputados por São Paulo Antônio Goulart e André Sanchez. "Eles têm defendido a aprovação da lei do jogo e demonstram maturidade ao afirmar que está mais do que na hora de o Brasil se inserir na indústria global do entretenimento. Para eles é um caminho sem volta e no futuro todos vão se dar conta dos benefícios que a atividade trará para a economia”.
Durante sua visita ao Ministério do Turismo, apresentou ao secretário adjunto Alberto Alves não apenas a disposição do Grupo Caesars em investir quase R$ 7 bilhões em três cassinos, como também sua percepção de que deveria ser feita a separação dos projetos que atraem turistas para o país, como é o caso dos resorts integrados com cassinos, que geram milhares de empregos e turistas, daquelas atividades que são importantes localmente mas que não trarão turistas. "O Brasil deve implementar uma lei extremamente rígida e restritiva, avaliando não somente a questão econômica na escolha dos grupos operadores de cassinos, mas também o quanto as propostas irão promover o turismo, o emprego e o desenvolvimento de cada região do país”, disse.
A única visita que a executiva do Caesars preferiu não comentar foi a que fez ontem, 25/05, à Caixa Econômica Federal, por ser um provável órgão diretamente ligado à implementação do setor de jogos no país e que por questões de confidencialidade não poderão ser explicitados. Nas entrelinhas, entretanto, deixou apenas transparecer que entre os temas discutidos, estavam na pauta os próprios cassinos, apostas esportivas e a licitação da Lotex.
Entre visitas a autoridades, ainda sobrou tempo para receber representantes do setor de hotelaria, diretores de construtoras e bancos. "Todos estão interessados em se apresentar como potenciais parceiros do Caesars. Operadores de hotéis entendem que será uma oportunidade única para ampliar os seus negócios, enquanto construtoras já se apresentam como candidatas a tirar da prancheta e levar para o terreno os projetos a serem levantados pelo Caesars. Alguns dos principais bancos do país também estão demonstrando interesse em participar dos megaprojetos do maior operador de cassinos do mundo”, conta Feldman, também animado com o sucesso da visita de Jan Jones e David Zats ao Brasil.
Segundo ele, "hoje os dois grandes mercados a serem abertos para o setor de jogos são o Brasil e o Japão e o primeiro que for regulamentado receberá mais investimentos, pois estará estrategicamente em primeiro plano para investimentos por parte das grandes corporações”. Em alguns casos, na sua avaliação, os investidores terão de escolher entre um ou outro, já que embora seja um mercado bilionário, a indústria de jogos tem recursos e investimentos finitos.
Por esta razão, ele acredita que na próxima visita de Jan Jones ao país, já com roteiro ajustado para o Rio de Janeiro e São Paulo, o horizonte de abertura do setor estará ainda mais próximo. "Ela está tão animada com o Brasil que em junho virá com sua equipe de engenharia para estudos mais detalhados das possibilidades e melhor dimensionamento dos complexos a serem construídos. Já vi alguns esboços do que está por vir em termo de projetos e os empreendimentos irão maravilhar não só os brasileiros, mas os admiradores deste pujante setor em todo o mundo”, disse Feldman.
Fonte: Exclusivo GMB
Autor: Gildo Mazza