A indústria hoteleira do Brasil aguarda com expectativa a legalização dos jogos de azar no país. As principais entidades do setor declararam apoio a regulamentação e esperam que os hotéis também possam crescer com a chegada dos novos cassinos, bingos e outros empreendimentos.
O presidente da FBHA (Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação), Alexandre Sampaio, afirma que a legalização pode trazer muitos investimentos para a hotelaria brasileira destacando a possibilidade da criação de novas vagas e geração de renda.
"Estima-se a criação de 400 mil novos postos de trabalho e renda, o incremento de mais de 200% no potencial turístico das cidades com a legalização dos jogos.
Já Luigi Rotunno, presidente da Associação Brasileira de Resorts rebate as críticas com relação a possibilidade da regulamentação dos jogos de azar aumentar a lavagem de dinheiro.
"Podemos utilizar o mesmo modelo adotado na França em que as apostas são feitas através de cartões de crédito. É uma solução eficiente de controle e evasão fiscal que no Brasil poderia ser aplicada”.
Bruno Omori, presidente da ABIH/SP – Associação Brasileira da Indústria Hoteleira de São Paulo afirma que os cassinos serão um combustível para o turismo das cidades e revela que já existe uma meta para o número de turistas.
"O potencial é grande. Recebemos cerca de cinco milhões de turistas por ano, mas, queremos atingir doze milhões.”
Hoje existem dois projetos de lei tramitam no congresso nacional que tratam do assunto jogos de azar. No senado, o PL 186/2014 será debatido pela Comissão de Constituição e Justiça, após a o recesso parlamentar. O texto já tinha sido aprovado por unanimidade na Comissão de Desenvolvimento Econômico, mas, no plenário foi encaminhado a CCJ com a aprovação do requerimento do senador Magno Malta.
Já na Câmara dos Deputados, o projeto 442/91 foi discutido em sessão aberta em dezembro de 2016, mas, ainda não tem data prevista para ser votada em plenário. Estima-se que a legalização dos jogos de azar possa trazer ao estado brasileiro uma arrecadação extra de 15 bilhões de reais ao ano.
Fonte: GMB/ Revista Hotéis