Abaixo, os principais trechos da entrevista concedida no programa CB.Poder, uma parceria do Correio Braziliense com a TV Brasília:
Há no Congresso uma
discussão sobre a liberação de jogos e cassinos no país. Qual é a opinião do senhor
sobre isso?
É parte da visão atrasada de país. Parece que nós estamos vivendo em uma
bolha. O Brasil é uma bolha. E isso leva ao nascimento de jabuticabas. Vamos
falar de hotéis e cassinos. Nós vamos jogar nos Estados Unidos e somos bons
jogadores. Nós gastamos muito com isso. O que precisa ter cuidado é com a
questão da renda e com a ideia de que os cassinos devem estar em resorts. Essa
é a nossa proposta. Em Las Vegas, o jogo já não é o principal negócio da
cidade, e sim os congressos e shows que ocorrem nos hotéis. Existem shows
montados que faturam US$ 200 milhões e ficam 10 anos no ar. A economia é ligada
à cultura, às artes, aos espetáculos e aos esportes. Os cassinos acabaram sendo
um meio de segurar uma magia.
Os cassinos ficariam restritos a poucos espaços?
Sim, na verdade estamos falando de dois ou três cassinos, porque é preciso
experimentar. Existem no Brasil alguns seminários, palestras com especialistas
de fora. A coisa está caminhando bem para uma lógica aceitável, porque não é só
nessa área que nós vivemos numa bolha. Veja a área dos espaços naturais e as
áreas de marina. Aqui se leva 12 anos para licenciar uma marina. Nos Estados
Unidos leva-se três meses, com um processo com três páginas de papel.
Fonte: GMB