VIE 26 DE ABRIL DE 2024 - 11:03hs.
Boas perspectivas

Turismo aposta em cassinos para crescer na Bahia

Para o secretario estadual do Turismo, José Alves, os cassinos podem ser instalados em Salvador, Porto Seguro, Chapada Diamantina e em Costa do Sauípe, no Litoral Norte. “As pré-condições para a instalação são as proximidades de aeroportos de médio e grande porto e infraestrutura urbana e hoteleira”, explicou Alves durante lançamento da 25ª BNTM (Brazil National Tourism Mart).

Em Salvador a roleta de cassino ainda existe, instalada em um dos andares do antigo Palace Hotel, na Rua Chile, atual Fera Palace Hotel, recém inaugurado. Mas nas cidades de Cipó, no sertão baiano, e em Itaparica, na Baía de Todos os Santos, os hotéis Caldas de Cipó e Grande Hotel de Itaparica, tinham em suas instalações não só cassinos, mas toda espécie de jogos que movimentam grandes centros turísticos em países como Argentina, Uruguai, Estados Unidos e Europa.

Ainda aguardando uma definição do Senado, que aprovou na Comissão de Especial do Desenvolvimento Nacional, no final do ano passado, o retorno dos chamados Jogos de azar, o secretário disse, durante lançamento da 25ª BNTM (Brazil National Tourism Mart) no Hotel Fiesta, que no Estado os cassinos podem ser instalados em Salvador, Porto Seguro, Chapada Diamantina e em Costa do Sauípe, no Litoral Norte). Para o secretário José Alves, as pré- condições para a instalação de cassinos são as proximidades de aeroportos de médio e grande porto e infraestrutura urbana e hoteleira. "E isso essas cidades na Bahia dispõe”, explicou.


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A volta dos cassinos, e com ele uma série de jogos chamados de azar, banidos do País desde 1946 pelo então presidente Eurico Gaspar Dutra, é visto como uma alternativa viável para alavancar o turismo em todo o País. E isso foi colocado pelo secretário estadual de Turismo da Bahia, José Alves, que disse não só apoiar a ideia, mas também que o Estado dispõe de condições para abrigar essa modalidade de jogo.

O BNTM, que acontece entre os dias 08 e 10 deste mês, em Salvador, reúne hoteleiros, agentes de viagens, operadores de turismo, companhias aéreas e jornalistas do Brasil e de 10 países, incluindo os Estados Unidos, Inglaterra, França e Alemanha, vai procurar dinamizar a atividade turística em toda Região Nordeste. A expectativa é de movimentar US$ 260 milhões (cerca de R$ 900 milhões). Serão 150 agentes e operadores de turismos, que estarão realizando mais de quatro mil agendamentos de negócios, e conhecerão o potencial turístico do Nordeste nos 75 stands da feira.

"Jogos de Azar” foram banidos do Brasil desde 1946

Dos chamados "Jogos de Azar” no Brasil, o único que ainda permanece, mas mesmo assim funcionando na ilegalidade, é o Jogo do Bicho. Os demais jogos, como o pôquer, bacará e a roleta, que movimentavam nos cassinos milhões em dinheiro, e proporcionaram o surgimento de grandes e famosos hotéis, como o Copacabana Palace, no Rio de Janeiro, ou mesmo o Palace Hotel, em Salvador, são até hoje proibidos por lei.

A proibição dos jogos de azar no Brasil foi estabelecida por força do Decreto Lei nº 9 215, de 30 de abril de 1946, assinado pelo presidente Eurico Gaspar Dutra sob o argumento de que o jogo era degradante para o ser humano e atentava contra a moral e os bons costumes. Com o fim dos cassinos, grandes hotéis, onde eles costumavam se abrigar, foram à falência ou fechados, como o de Caldas do Cipó e Grande Hotel de Itaparica, e o Palace Hotel em Salvador.

Volta

A perspectivas de volta dos cassinos anima os empreendedores do turismo, que aguardam uma decisão do senado sobre a aprovação do Projeto de Lei do Senado, nº 186/2104, aprovado em comissão no final do ano passado.

De autoria do senador Ciro Nogueira (PP-PI), o projeto define os tipos de jogos a serem explorados, os critérios para autorização, as exigências para os sócios e as regras para distribuição de prêmios e arrecadação de tributos. Cassinos, bingo, jogo do bicho e apostas eletrônicas poderão ser legalizados. Uma projeção conservadora, segundo o relator, estima a arrecadação de R$ 29 bilhões em tributos para o governo, nos próximos três anos. Pelo texto, a exploração dos jogos de azar caberá exclusivamente à União, através da Caixa Econômica Federal.


Fonte: GMB / tribunadabahia