O governo estadual
tem alguma opção para a grave crise da saúde?
A sugestão, que também se aplicaria ao Brasil, é destinar recursos da
legalização dos cassinos. Temos alternativa aqui em Santa Catarina, seguindo o
que fazem São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Eles exploram as loterias
da raspadinha. Os lotéricos estão trabalhando nesta opção. Vários segmentos
estão interessados em raspadinhas e loteria virtual ou física. A Trimania, por
exemplo, já repassa milhões para a saúde, como é o caso do Hospital Bethesda,
de Joinville.
Por que não foi
adotada para resolver problemas dos hospitais?
É que havia duvidas sobre aspectos legais. Vimos agora que a lei
catarinense dá condição jurídica. Estamos deixando de arrecadar cifras
consideráveis com arrecadação das loterias para a saúde e fomento ao esporte e
assistência social. Veja que em 2016 a população destinou R$ 700 milhões em
jogos da Caixa, dinheiro todo ele canalizado para a União. Outro dado: títulos
de capitalização como a Trimania movimentam no Estado mais de R$ 140 milhões.
Além disso, dos tributos federais não há um real revertido para a saúde de Santa Catarina. Há outra estatística impressionante: com jogos ilícitos são movimentados no Estado mais de R$ 2,5 bilhões. Jogos sem nenhuma arrecadação. Com a legalização dos cassinos tudo isto poderia ter uma parcela para amenizar a grave crise na saúde.
O governo tem algum
estudo para legalizar o jogo?
Os lotéricos já criaram uma cooperativa e estamos tratando no governo na
Casa Civil. É um projeto novo que estamos estudando e que seria uma fonte
importante para subsidiar a saúde que enfrenta grandes dificuldades no Estado
há muito tempo.
Fonte: GMB / Diário Catarinense