LUN 29 DE ABRIL DE 2024 - 14:59hs.
Senador Ciro Nogueira (PP-PI)

"Vejo como um avanço as pessoas irem atrás da Justiça"

O autor do projeto de lei que legaliza os jogos de azar se mostrou de acordo com os donos de bingos do RS que entraram na justiça para operar seus estabelecimentos. 'O problema é: para onde está indo a arrecadação desses jogos? Por isso, tem de ser regulamentado', concluiu o Senador ao ZH Notícias.

"Vejo como um avanço as pessoas irem atrás da Justiça"

Senador Ciro Nogueira (PP-PI)

Senador Ciro Nogueira (PP-PI)

O senhor apresentou projeto para a liberação de bingos e cassinos, atualmente na CCJ da Câmara. Por que liberar?
O Brasil é um dos países onde mais se joga no mundo. Para cada R$ 3 jogados no país, R$ 2 são de forma irregular – isso sem contar o jogo online, que não tem nem como mensurar. É um dos poucos países do mundo que ainda não regulamentou essa questão. Hoje, já se joga no país. Então, o projeto não vai liberar o jogo, porque o jogo já existe hoje no país. O projeto vai regular algo que já existe.


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O assunto envolve uma série de polêmicas, com apoiadores e críticos apresentando cada um argumentos consideráveis. Mesmo assim, o senhor acredita na aprovação?
Sim. Há resistência porque existe preconceito e uma visão errada sobre o jogo, por causa da época em que era comandado por criminosos. Hoje, o jogo em todo o mundo é comandado por grandes empresas. Não existe mais esse tipo de atuação criminosa. O criminoso existe, na forma ilegal, como um Carlinhos Cachoeira da vida. Temos de regulamentar para que grandes empresas possam investir no Brasil, que vai receber bilhões de dólares em investimento.

No RS, há decisões judiciais que caminham na direção do seu projeto, uma vez que desclassificam o jogo como contravenção penal. Qual a sua avaliação?
Pelo menos, as pessoas estão indo atrás da Justiça. Vejo como um avanço, porque atualmente esses estabelecimentos funcionam de forma irregular. O problema é: para onde está indo a arrecadação desses jogos? Por isso, tem de ser regulamentado.

Fonte: GMB/ZH Notícias