Durante a audiência pública que discutiu o processo de privatização da LOTEX, a raspadinha, nesta terça-feira, no Rio de Janeiro, foi dito que a rede lotérica só poderia vender o novo produto caso o novo concessionário entrasse em acordo com a Caixa ou com os lotéricos.
Em conversa com o GMB, Jodismar Amaro, presidente da FEBRALOT (Federação Brasileira das Empresas Lotéricas), afirmou que a rede lotérica não quer ficar de fora da venda da nova loteria privada e que poderá ajudar no sucesso comercial do novo produto.
"Se as lotéricas ficarem de fora destas vendas o produto tende a demorar pra emplacar no mercado, pois, há uma perda de credibilidade do consumidor em comprar em qualquer ponto comercial”, afirmou.
Porém, o presidente da FEBRALOT ressaltou que para que possa vender as raspadinhas após a privatização da LOTEX é preciso que CAIXA entre em acordo com o novo concessionário, caso contrário quem aceitar vende-la sem autorização correrá sério risco.
"A Rede Lotérica só pode operacionalizar jogos autorizados pela Caixa ou conveniados a ela, ou seja, a Caixa é quem deve fazer esse acordo e passar à Rede. Caso isso não seja feito, pode haver jogos sendo vendidos clandestinamente, mas estarão sujeitos à fiscalização e quem for pego terá sua permissão cancelada, por isso os sindicatos não aprovam nada que não seja pelos meios legais”.
Mesmo afirmando que a rede lotérica fará apenas o que for permitido pela Caixa referente a LOTEX, ele ressalta que a classe espera que o banco estatal não fique totalmente de fora da operação das raspadinhas e que os lotéricos consigam mais uma fonte de recursos em meio a grave crise financeira.
"Claro que a Rede espera que com essa privatização a Caixa participe para não ficar de fora destes ganhos e, com isso a Rede ganhe alguma coisa”, concluiu Jodismar.
O processo de privatização da LOTEX continua com boa velocidade. Após a audiência de ontem serão realizados Road Shows em Londres, Las Vegas, Rio de Janeiro e São Paulo, entre o final de setembro e o começo de outubro para apresentar o produto às empresas interessadas. A expectativa do governo é fazer o leilão até dezembro, no qual esperar arrecadar R$1 bilhão.
Fonte: Exclusivo GMB