Os funcionários australianos e chineses da operadora de jogo Crown Resorts, que tem casinos em Macau, detidos na China desde outubro, foram todos formalmente acusados de promover o jogo no país, avançou hoje a empresa.
As autoridades chinesas confirmaram, em novembro passado, que iriam processar judicialmente três funcionários da empresa australiana por violação das leis do jogo do país.
A publicidade a jogos de fortuna e azar na China continental é proibida e os agentes não podem organizar grupos com mais de dez cidadãos chineses para apostar além-fronteiras.
De acordo com a lei chinesa, quem "gera uma casa de jogo ou faz do jogo profissão" pode enfrentar até três anos de prisão.
A empresa confirmou hoje que 15 funcionários detidos em quatro cidades chinesas, em simultâneo, foram processados.
"A Crown Resorts Ltd. anunciou hoje que todos os seus funcionários detidos na China, assim como aqueles libertados sob fiança, foram agora processados por crimes relacionados com a promoção de jogo e os seus casos submetidos ao Tribunal do Distrito de Baoshan", em Xangai, anunciou a empresa em comunicado.
"Como o assunto transitou agora para o tribunal, não serão feitos mais comentários", acrescenta a mesma nota.
O vice-presidente executivo da Crown Jason O`Connor, que estava encarregado de atrair grandes apostadores chineses para a Austrália, e que se encontrava na China quando foi detido, está entre os funcionários acusados.
A Crown opera casinos em todo o mundo, incluindo em Macau, onde as receitas do jogo estiveram mais de dois anos em queda, impulsionadas, pelo menos em parte, pela campanha anticorrupção do Presidente Xi Jinping, que afastou da cidade grandes apostadores chineses.
Macau é o maior centro de jogo do mundo e a única região da China onde os casinos são legais.
Fonte: GMB / RTP Notícias