GMB – Uma das últimas
inovações anunciadas foi a aceitação de cartões de crédito e débito para os
pagamentos de inscrições no BSOP. Como vocês chegaram a essa decisão e o que
ela traz de benefícios?
Igor Federal - É uma grande inovação pra gente. O que acontecia é que os
cartões de credito eles cobram uma taxa. Então, quando ele cobra a taxa, cobra
de tudo, inclusive do prêmio do jogador, por conta disso a gente não aceitava. Agora
eu posso fazer uma cobrança a parte, e por isso a gente aceita. Se você quiser
pagar em dinheiro é o preço comum, se você quiser pagar com cartão tem essa
taxa adicional. É uma forma de que todo o dinheiro vá para o premio do jogador
sem nenhuma diminuição.
Como você explica a
importância da cidade de São Paulo para o BSOP? Porque ela consegue movimentar
tantas pessoas com vimos nessa última etapa?
Os jogadores profissionais correm atrás dos melhores prêmios. Como em São Paulo
acontecem as etapas com maior número de jogadores, por consequência as etapas
com maior premiação, obviamente todos vem para cá. Então, esportivamente é uma
etapa muito competitiva, com fields muito grandes. Você pega etapas menores
você tem de bater 600, 700 jogadores, em São Paulo tem de bater acima de 1000
jogadores pra ser campeão. Então, esportivamente ela também é muito atrativa.
No final do ano
passado foi anunciada uma sociedade entre o Ronaldo, o André Akkari e você para
comprar parte da equipe brasileira CNB eSports Club. O que você espera desse novo
investimento?
Eu acho que isso é o futuro. Independente de qualificações o eSports é um jogo,
não deixa de ser um jogo e é um jogo praticado por adolescentes. Na hora que
você pega um atividade que é praticada por adolescentes vocês está mexendo com
o futuro. Você tem o valor muito grande de um cliente que será histórico na sua
vida.
Você consegue ver alguma
semelhança entre os eSports e o poker?
Existe muita interação com a mecânica intelectual, com a capacidade
estratégica com o poker. Obvio que cada um tem a sua habilidade, tem a sua
estratégia, mas, de uma forma ou de outra é uma mecânica que conceitualmente se
assemelha. Por essa proximidade conceitual, filosófica, por acreditar que isso
é uma febre e que o valor futuro de estar nesse mercado é muito grande, eu acho
que foi um passo muito acertado.
Na sua opinião, os eSports
e o poker trabalhar unidos para conseguir novas conquistas e crescerem juntos?
É ser unido naquilo que tem que ser unido e não unido naquilo que tem que
ser não unido. Temos as mesmas batalhas, de quebrar paradigmas, de mostrar
novos conceitos, novos formatos, então, nesse sentido a gente tem pontos em
comum. Mas, em compensação, o eSports tem as coisas dele e o poker também tem
as coisas que são só do poker. A gente vai se unir naquilo que é possível e vai
cada um brigar pela sua frente naquilo que não existe pauta em comum.
Fonte: Exclusivo GMB
Autor: Pedro Henrique Feitosa